‘8 de Janeiro’: Polícia Federal prende sócios de rede atacadista

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A Polícia Federal está em ação nesta quinta-feira (29), executando 34 mandados, incluindo três de prisão preventiva, na 25ª fase da operação Lesa Pátria, iniciada há mais de um ano em relação aos eventos ocorridos em ‘8 de janeiro’ de 2023. Os nomes dos alvos desta operação não foram revelados oficialmente até o momento. De acordo com a PF, um mandado de prisão preventiva será executado em São Paulo e dois no Distrito Federal.

Segundo informações apuradas pela TV Globo, entre os alvos no DF estão os empresários Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio Mesquita, sócios da rede Melhor Atacadista, que foram previamente identificados como “financiadores” do acampamento estabelecido em frente ao quartel-general do Exército.

Conforme relatado pela CNN, um dos sócios teria realizado uma doação de R$ 1.300 para o acampamento. Além disso, os empresários teriam organizado um grupo no WhatsApp para angariar fundos destinados ao aluguel de lonas para os acampados em frente ao QG do Exército.

Os mesmos empresários teriam fornecido regularmente alimentos e água para os acampados, além de contribuir financeiramente para a instalação e manutenção dos banheiros químicos na Praça dos Cristais, no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília.

 

Durante seu depoimento na ‘CPI do 8 de Janeiro’ da Câmara Legislativa do DF, Joveci negou envolvimento em atos de vandalismo, porém admitiu estar presente no local durante as invasões.

Em comunicado, a defesa dos dois sócios afirmou não ter tido acesso à decisão judicial e destacou que “os investigados agora têm a oportunidade de esclarecer completamente as questões em aberto”.

“Reiteramos nosso compromisso com a democracia, o Estado de Direito, o respeito às Instituições, ao processo eleitoral, ao Ministério Público e ao Judiciário, com especial ênfase na sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal”, declararam os advogados.

“O Grupo do qual Joveci e Adauto são acionistas reafirma sua oposição ao vandalismo e à intolerância política, e acredita que a democracia é construída com divergências de pensamento, mas nunca com violência. A diretoria do Grupo respeita as Instituições brasileiras, a democracia e o Estado de Direito”, concluíram.

Mais medidas
Outros sete alvos devem ser monitorados por tornozeleira eletrônica – como uma alternativa à prisão. Esses mandados são cumpridos em Mato Grosso do Sul (1), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), São Paulo (1) e Minas Gerais (1).

Há, também, 24 mandados de busca e apreensão em Tocantins (8), São Paulo (6), Mato Grosso do Sul (2), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1) e no Distrito Federal (2).

Ainda de acordo com a PF, a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também pede o bloqueio de bens dos investigados – para que, se houver decisão judicial, seja possível ressarcir o patrimônio público. (Foto: divulgação Polícia Federal; Fontes: G1; CNN)

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