O Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu uma sentença na sexta-feira (1) condenando João Oliveira Antunes Neto, um barbeiro residente no Piauí, a uma pena de 11 anos e seis meses de prisão por seu envolvimento no evento conhecido como ‘8 de Janeiro’.
Antunes Neto, de 20 anos, é reconhecido nas redes sociais como um “jovem cristão pregador do evangelho de Jesus Cristo”. Sua última postagem no Instagram foi uma mensagem de ‘Feliz Ano Novo’ para 2023, feita poucos dias antes dos eventos ocorridos em Brasília (veja ao fim da reportagem). Nas redes sociais, sua presença se destacava por fotos profissionais, sem manifestações políticas.
Natural de Dirceu Arcoverde, no sudeste do Piauí, o barbeiro reside em um município com pouco mais de sete mil habitantes, conforme o censo de 2022 do IBGE.
O STF julgou Antunes Neto culpado por três crimes relacionados ao ‘8 de Janeiro’: “abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e associação criminosa armada”.
Apesar da sentença, Antunes Neto está em liberdade provisória desde 15 de novembro, quando foi solto mediante medidas cautelares impostas por Alexandre de Moraes.
O advogado de defesa, Fábio Diniz Rocha Alves, afirmou ao Estadão que irá recorrer da decisão, argumentando que seu cliente estava “apenas com objetivos de se manifestar pacificamente”.
“Solicitei também pedidos de acordos de não persecução penal, tendo em vista outros envolvidos que não participaram dos atos de vandalismo a prédios públicos, e presos em flagrantes no QG foram incluídos nesse acórdão”, disse o advogado.
Junto com Antunes Neto, o STF condenou outros 14 réus na mesma sexta-feira, com penas variando de acordo com a gravidade dos crimes. O barbeiro piauiense teve uma das penas mais brandas, ao lado de outro réu. Enquanto cinco foram condenados a 16 anos e seis meses de prisão, outros seis receberam penas de 13 anos e seis meses. São eles:
Ana Claudia Rodrigues de Assunção – 16 anos e seis meses de prisão
Ivair Tiago de Almeida – 16 anos e seis meses de prisão
Marcos Roberto Barreto – 16 anos e seis meses de prisão
Edson Carlos Campanha – 16 anos e seis meses de prisão
Viviane dos Santos – 13 anos e seis meses de prisão
Viviane Jesus Câmara – 13 anos e seis meses de prisão
Valmirando Rodrigues Pereira – 13 anos e seis meses de prisão
Patrícia dos Santos Salles Pereira – 16 anos e seis meses de prisão
Janailson Alves da Silva – 11 anos e seis meses de prisão
Jucilene Costa do Nascimento – 13 anos e seis meses de prisão
Nilvana Monteiro Furlanetti – 13 anos e seis meses de prisão
Maria Carlos Apelfeller – 13 anos e seis meses de prisão
Simone Aparecida Tosato Dias – 13 anos e seis meses de prisão
Joel Borges Correa – 13 anos e seis meses de prisão
E mais: Jornalista Claudio Tognolli morre aos 60 anos em SP. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: Estadão)
