‘8 de Janeiro’: Moraes toma decisão sobre investigação contra Ibaneis Rocha

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A apuração sobre os episódios do ‘8 de janeiro’ de 2023 chegou a uma conclusão em relação ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha Barros Júnior (MDB-DF).

O caso, que mobilizou a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Judiciária, investigou possíveis falhas ou omissões que pudessem conectar o chefe do Executivo local aos atos.



A PGR solicitou o encerramento das investigações contra Ibaneis, pedido que foi acolhido nesta quinta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, resultando no arquivamento do inquérito.

A decisão de Moraes veio após o procurador-geral, Paulo Gonet, afirmar que não foram encontrados elementos que indicassem participação direta ou indireta de Ibaneis nos eventos.



Durante a investigação, o governador teve celulares, um notebook e um HD externo examinados. Nos aparelhos, peritos localizaram mensagens e documentos nos quais Ibaneis repudia os acontecimentos e solicita reforço da Força Nacional para proteger a área.

Além disso, 36 chamadas telefônicas registradas entre os dias 7 e 8 de janeiro de 2023 mostraram contatos frequentes com autoridades policiais, evidenciando tentativas de conter os manifestantes.



“Concluiu inexistirem atos de Ibaneis Rocha Barros Júnior em ‘mudar planejamento, desfazer ordens de autoridades das forças de segurança, omitir informações a autoridades superiores do Governo Federal ou mesmo impedir a repressão do avanço dos manifestantes durante os atos de vandalismo e invasão'”, destacou o texto da PGR endossado por Moraes.

Ibaneis, que chegou a ser temporariamente afastado do cargo durante o andamento do caso, defendeu-se em depoimento, afirmando ter seguido os protocolos de segurança.



Ele relatou que as informações iniciais da Polícia Militar do DF (PM-DF) apontavam para um protesto pacífico e que, ao ser informado sobre a escalada da confusão, acionou o Exército e determinou a exoneração de Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública, por perda de confiança.

A investigação não encontrou sinais de dados apagados nos dispositivos do governador, reforçando sua versão. Segundo Moraes, o trabalho foi conduzido até o “esgotamento de linhas investigatórias idôneas”.



Enquanto o inquérito contra Ibaneis foi arquivado, outros nomes ligados ao caso – Anderson Torres, Fernando de Sousa Oliveira e Fábio Augusto Vieira – seguem denunciados e sob escrutínio judicial. E mais: Quadro ‘pintado’ por inteligência artificial é vendido por R$ 1,3 milhão em leilão. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: UOL)

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