Vice da CBF vai ao STF para afastar Ednaldo Rodrigues da presidência da entidade

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O vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Fernando Sarney, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento do atual presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.

O pedido busca a anulação de um acordo firmado em 2023 para pôr fim a disputas judiciais e garantir a continuidade de Ednaldo no comando da CBF — acordo esse que o próprio Sarney assinou à época.

A CBF sustenta a legalidade do documento, mas a primeira ação sobre o tema foi apresentada pela deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ). Ela alegou suspeitas de irregularidades, especialmente sobre a validade da assinatura do Coronel Nunes, ex-dirigente da entidade.

No entanto, por não ter sido parte do entendimento formalizado entre as partes, a deputada poderia não ter legitimidade para provocar o STF. Sarney, por sua vez, participou diretamente do acerto, e seu mandato como vice segue em vigor, o que fortalece sua petição judicial.

Na solicitação enviada à Corte, Sarney aponta quatro elementos que colocam em dúvida a veracidade da assinatura atribuída ao Coronel Nunes.

Duas dessas alegações já haviam sido apresentadas por Daniela Carneiro: um laudo médico da CBF que cita problemas cognitivos do ex-dirigente e um parecer pericial que indicaria uma possível falsificação da assinatura. Vale destacar que o perito envolvido já teve trabalhos questionados anteriormente.

Sarney ainda acrescenta outras evidências, como o diagnóstico de tumor cerebral recebido por Nunes em 2018 e o fato de o ex-presidente da CBF ter conferido, em 2023, uma procuração pública com plenos poderes para a administração de seus bens. Segundo Sarney, esses elementos reforçam a “necessidade de investigação do estado de saúde e capacidade civil do sr. Antônio Carlos Nunes Lima”.

Com base nas alegações, Sarney pede que o STF:
– Anule o acordo que garantiu a permanência de Ednaldo no cargo,
– Revogue a liminar que suspendeu decisões judiciais do Rio de Janeiro sobre o tema, e
– Encaminhe o caso ao Ministério Público para apuração dos fatos.

Se o acordo for invalidado e o ministro Gilmar Mendes revisar a liminar vigente, Ednaldo Rodrigues poderá ser retirado da presidência da CBF até que o STF julgue o mérito da questão. A Corte já marcou o julgamento para o dia 28 de maio. E mais: Moraes convoca testemunhas de Bolsonaro. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução; Fonte: UOL)

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