Vendas de máquinas agrícolas caem em 2023 e devem diminuir também em 2024

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As vendas de máquinas agrícolas no Brasil registraram queda de 13,2% em 2023 em comparação com 2022, totalizando 60.981 unidades, conforme divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) na quarta-feira (28/2).

O presidente da Anfavea, Márcio Leite, disse, durante entrevista coletiva, que o ‘alto custo’ dos financiamentos impactou os resultados, afirmando que cerca de 60% das decisões de compra são baseadas em crédito.

“O produtor que depende de crédito acaba repensando a troca da máquina. Apenas aqueles com capital próprio podem realizar a substituição imediata”, destacou Leite.

Apesar do desempenho negativo, o presidente da Anfavea considerou o resultado de 2023 como “extremamente relevante”, especialmente após o recorde de vendas registrado em 2022.

As vendas nos últimos anos foram as seguintes:
• 2019: 38.728
• 2020: 40.983 (+5,82%)
• 2021: 58.443 (+42,6%)
• 2022: 70.262 (+20,2%)
• 2023: 60.981 (-13,2%)
• 2024: 54.300 (projeção) (-10,9%)

Para 2024, a Anfavea prevê uma nova queda, com as vendas estimadas em 54.300 unidades, representando uma redução de quase 11%. Os dados da Associação englobam tratores, colheitadeiras e equipamentos rodoviários, que têm uma parcela significativa da demanda no setor agropecuário.

Quanto às máquinas rodoviárias, como retroescavadeiras e pás carregadeiras, as vendas diminuíram 22,1% em 2023, totalizando 30.399 unidades. Contudo, a expectativa para este segmento 2024 é de um crescimento de 5%, com previsão de 31.800 veículos comercializados.

Exportações: As exportações de máquinas agrícolas diminuíram 17,8% em 2023, passando de 10.661 para 8.759 unidades. A projeção da Anfavea é de uma nova queda de 3%, com 8.500 unidades exportadas. Por outro lado, as vendas externas de máquinas rodoviárias aumentaram 9,5% em 2023, atingindo 16.611 unidades. Para 2024, espera-se um aumento de 7%, totalizando 17.800 máquinas exportadas. (Foto: Pixa Bay; Fonte: Globo Rural)

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