O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu mais um passo em sua política comercial ao anunciar nesta segunda-feira (7) a imposição de tarifas que variam entre 25% e 40% sobre produtos estrangeiros.
A medida, segundo o republicano, começa a valer no dia 1º de agosto e foi comunicada diretamente aos líderes de pelo menos 14 países por meio de cartas oficiais.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou o envio das correspondências, que seguem um modelo padronizado.
Nelas, Trump afirma que as novas tarifas representam o “compromisso e a força” dos EUA diante do desequilíbrio nas relações comerciais com outras nações. Apesar das medidas duras, o presidente ressalta a disposição dos EUA para negociar acordos bilaterais.
Entre os países que receberam as comunicações estão:
África do Sul: 30%
Cazaquistão: 25%
Coreia do Sul: 25%
Japão: 25%
Laos: 40%
Malásia: 25%
Mianmar: 40%
O conteúdo da carta dirigida ao primeiro-ministro japonês, Ishiba Shigeru, é representativo do tom adotado nas demais:
“A partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Japão uma tarifa de apenas 25% sobre todos os produtos japoneses enviados aos Estados Unidos, separadamente de todas as tarifas setoriais”, diz a mensagem.
“Entenda que os 25% são muito menos do que o necessário para eliminar a disparidade do déficit comercial que temos com seu país. Como é do seu conhecimento, não haverá tarifa se o Japão, ou empresas de seu país, decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos Estados Unidos”, prossegue.
“Se, por qualquer motivo, vocês decidirem aumentar suas tarifas, qualquer valor que escolherem será adicionado aos 25% que cobramos”, conclui Trump. Veja ao fim da reportagem.
A iniciativa também marca a prorrogação do prazo para as negociações, com os EUA estendendo até 1º de agosto a suspensão das chamadas “tarifas recíprocas”, anteriormente prevista para terminar no dia 9 de julho. Isso oferece uma janela de três semanas para que os países tentem acordos que evitem o aumento das taxas.
Até agora, apenas Vietnã e Reino Unido fecharam pactos comerciais parciais com os Estados Unidos. As demais nações ainda enfrentam a ameaça de sobretaxas que podem variar de 10% a 50%.
Além das tarifas específicas, Trump voltou a mirar o Brics — grupo que reúne países como Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, Irã, Egito, Indonésia, Arábia Saudita, Etiópia e Emirados Árabes Unidos. Em publicação feita no domingo (6), ele prometeu um imposto adicional de 10% para qualquer país que, segundo suas palavras, “se alinhar às políticas antiamericanas do Brics. Não haverá exceções a essa política”, avisou o presidente.
Até o momento, não foram divulgados os critérios que definem essas “políticas antiamericanas”, tampouco a lista completa dos países que serão afetados pela nova cobrança. (Foto: reprodução redes; Fonte: G1)
E mais:
Número de estrangeiros com MEI atinge recorde no Brasil em 2025
Brasil e China assinam acordo para construção de ferrovia até o Peru
https://direitaonline.com.br/diego-hypolito-perdi-10-milhoes/
