Setor de varejo critica Lula após recuo na taxação de produtos importados

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Segundo o jornal Valor Econômico, executivos do setor de varejo no Brasil ficaram descontentes com Lula (PT) após o petista desistir da intenção de taxar compras entre pessoas físicas em sites estrangeiros dentro do limite de 50 dólares. O imposto que seria aplicado era de 60%.

Por isso, representantes de grandes lojas devem se movimentar para reforçar a “importância” (para eles) do fim da isenção da tributação. Querem uma reunião com o Ministério da Fazenda para tratar do assunto.

A percepção entre os varejistas nacionais é de que o governo Lula (PT) cedeu à ‘pressão popular’. Além disso, dois empresários que atuam na discussão sobre o tema em Brasília, relataram ao Valor que veem participação de Janja, no recuo. Aliás, a repercussão negativa ao governo teve ela como pivô após uma explicação mal feita da esposa de Lula sobre o tema em um perfil de notícias no Twitter.

Para Mauro Francis, presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (ABLOS), a decisão do governo é “lamentável” e pode gerar uma ‘onda de desemprego’ no setor. Isso porque, o impacto que as vendas de produtos internacionais sem taxação têm é expressivo e envolve desde pequenas empresas até grandes varejistas. Contudo, não é de hoje que os brasileiros recorrem a compras em sites estrangeiros para fugir de altos preços no mercado interno.

Já para o diretor executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), Edmundo Lima, a entidade sempre buscou a aplicação da legislação já vigente no País. “A gente está colocando em risco todo o parque industrial brasileiro de produção de vestuário e calçado”, afirma, citando que a situação pode ‘aumentar o nível’ de desemprego no País.

Para Synesio Batista, presidente da Abrinq, um dos porta-vozes do movimento de empresários que pede a taxação dos e-commerces importados desde o ano passado (o que foi rejeitado pelo ex-presidente Bolsonaro), o governo está estimulando a ‘desindustrialização’ do país.

“Não houve reação negativa da sociedade. Só [reclamação] de rede social. As pessoas não têm a noção de que estão desempregando no país. Não conhecemos as razões. Isso acontece após a volta da viagem à China e temos que respeitar as decisões do governo, mas eu não vi reação negativa da sociedade”, afirma o presidente da Abrinq.


Fontes: Valor; Estadão; Folha

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