A aliança entre União Brasil e PP foi formalizada nesta terça-feira (23) em um evento marcado por falas em tom de oposição ao governo Lula e gestos claros de aproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A cerimônia contou com a presença de figuras importantes do PL, incluindo o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, e o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder da bancada de Bolsonaro na Câmara.
Vice-presidente do União Brasil, ACM Neto afirmou que o ex-presidente deve ser considerado peça central para qualquer projeto que vise derrotar o PT nas urnas. “Bolsonaro é um personagem político com um tamanho e densidade eleitoral inegável no campo da direita. (…) Tem que considerar o peso e o tamanho de Bolsonaro, é preciso dialogar”, declarou, destacando que qualquer tentativa séria de enfrentar Lula em 2026 deve levar isso em conta.
Durante o evento, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reforçou o tom eleitoral e conclamou a classe política a se preparar para o pleito presidencial. “Esse é o desafio, estamos aqui construindo um novo rumo para o país”, afirmou.
A nova federação será inicialmente comandada por Ciro Nogueira (PP) e Antônio Rueda (União Brasil), ambos com laços próximos a Bolsonaro. Os dois trabalham para costurar um acordo com o ex-presidente com vistas à eleição de 2026. Um possível nome para representar o campo da direita seria o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Ministros ligados aos partidos, como André Fufuca (Esporte, PP) e Celso Sabino (Turismo, União Brasil), compareceram, mas não discursaram. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também participaram da solenidade.
Motta, embora seu partido tenha optado por não aderir à federação, demonstrou apoio: “Nosso partido, o Republicanos, é parceiro (…) temos toda a condição de seguir trabalhando juntos em favor do país”, declarou.
Já Alcolumbre buscou apaziguar tensões internas nas siglas, destacando a necessidade de equilíbrio político: “O caminho do equilíbrio, da ponderação, do diálogo, do entendimento é o que faz um país do tamanho do Brasil seguir em frente”, concluiu. E mais: Alcolumbre quer senador petista em texto alternativo ao PL da Anistia. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação; Fonte: O Globo)
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