Num movimento que vinha preocupando tanto consumidores quanto grandes empresas de tecnologia, as tarifas sobre produtos chineses impostas pelo presidente Donald Trump começaram a produzir efeitos colaterais imediatos — mas com uma reviravolta estratégica nesta sexta-feira (11).
O governo dos Estados Unidos anunciou que celulares, computadores e diversos componentes eletrônicos estarão isentos das novas taxas. A informação foi divulgada pela rede CNBC, com base em orientações da Alfândega e Proteção de Fronteiras.
Além dos smartphones e notebooks, ficam fora das cobranças itens como semicondutores, células solares, telas planas, pen drives, cartões de memória e SSDs. As isenções surgem dias após Trump elevar as tarifas para 125% sobre produtos chineses, somando 145% quando considerados os 20% adicionais já em vigor desde março.
A decisão representa um alívio para empresas como a Apple, que tem a maior parte de sua linha de produção baseada na China.
Em uma simulação, o iPhone 16 Pro de 256 GB poderia mais que dobrar de preço — saltando de US$ 549,73 para US$ 1.348,84 — caso as novas taxas fossem aplicadas integralmente. Para evitar prejuízos, a Apple chegou a antecipar remessas e, segundo a imprensa indiana, enviou cinco aviões com produtos fabricados na Índia para abastecer os estoques antes da vigência das tarifas.
No pacote mais amplo, Trump também anunciou em 2 de abril uma tarifa de 10% para produtos de vários países, inclusive o Brasil.
As cobranças superiores a esse valor foram suspensas por 90 dias. A China, atingida pela tarifa mais pesada, retaliou com medidas semelhantes: impôs também uma taxa de 125% sobre importações dos EUA, em vigor desde este sábado (12). E mais: Ex-apresentador de jornal da Globo diz que apanhou da Polícia da Bahia. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução Casa Branca; Fonte: Poder360)
