Uma expectativa de décadas do cidadão paulista, enfim, pode se tornar realidade. Isso porque, no último dia 23, o governo Tarcísio deu o mais importante passo até agora para a construção de uma linha de trens de turismo ligando a cidade de São Paulo a Campinas, que está a 90 quilômetro de distância da capital paulista. O decreto com as regras para uma futura concessão para a linha privada foi publicada no Diário Oficial do estado.
Segundo o modelo estipulado pelo governo paulista, empresas nacionais e internacionais podem participar da licitação. A obra prevê a construção e a concessão da linha férrea por 30 anos ao vencedor, que operaria um trem de 64 minutos entre as estações Barra Funda e Campinas Central, além de linhas de transporte entre as cidades.
De acordo com o projeto, o Trem Intercidades será um trem de velocidade média acima da habitual dos trens metropolitanos, permitindo que o percurso entre a Barra-Funda no centro da capital paulista e a cidade de Campinas seja realizado em aproximadamente uma hora, com somente uma parada na estação de Jundiaí.
No Plano de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo, a proposta envolve aportes de R$ 12,8 bilhões, contando com a construção da infraestrutura para a operação.
O projeto inteiro do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) para oi sistema de Trem Intercidades (TIC) prevê a criação de uma rede ferroviária regional com quatro linhas a partir da capital para o transporte regular de passageiros a Campinas (sentido norte do Estado), Sorocaba (sentido oeste), São José dos Campos (sentido leste) e Santos (sentido sul).
A linha para Campinas saiu primeiro porque, atualmente, é a mais próxima da conclusão: parte significativa da viagem, até Jundiaí (cerca de 57 km), já possui infraestrutura instalada e é utilizada pela linha 7-Rubi da CPTM. Além disso, seu uso é dividido com a MRS, que usa dos trilhos para escoar sua carga até o porto de Santos.
