O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou nesta quarta-feira (14) que a solicitação informal de relatórios pela Justiça Eleitoral, feita pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), deve ser investigada “com rigor”. Tarcísio classificou o episódio como “grave” e destacou a necessidade de transparência.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo ontem (15), o policial militar Wellington Macedo, que trabalha no STF ao lado do ministro Moraes, teria requisitado, de maneira informal, a produção de relatórios pelo setor responsável por combater a desinformação no TSE.
A demanda foi encaminhada para Eduardo Tagliaferro, que até 2022 chefiava a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) no TSE.
Em resposta, Tagliaferro mencionou que obteve as informações sigilosas com a colaboração de um policial civil de São Paulo, que ele descreveu como “alguém de sua total confiança”, pedindo que a identidade desse policial permanecesse em segredo.
“Acredito que é algo grave e que precisa ser investigado, esclarecido. Qualquer autoridade deve prestar contas à sociedade. Este é um caso que deve ser apurado com todo rigor e trazer as consequências necessárias”, afirmou o governador. Assista abaixo!
Tarcísio Gomes de Freitas sobre as conversas vazadas de Moraes. 👍 pic.twitter.com/VEtFbz0ivJ
— Vinicius Carrion (@viniciuscfp82) August 14, 2024
Tarcísio, que é ex-ministro do governo Bolsonaro, posicionou-se em favor de uma investigação aprofundada sobre o caso. A oposição ao governo Lula, por sua vez, defende o impeachment de Alexandre de Moraes e a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a situação. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) anunciou que irá protocolar um “superpedido” de impeachment contra o ministro no dia 9 de setembro.
As mensagens trocadas entre servidores do STF e do TSE, obtidas pela Folha de S. Paulo, indicam que o gabinete de Moraes teria solicitado informalmente à Justiça Eleitoral a produção de relatórios sobre apoiadores de Bolsonaro e comentaristas de direita, com o objetivo de fundamentar decisões em inquéritos que tramitam na Suprema Corte. E mais: Novo PAC completa um ano com metade dos projetos ainda em fase de preparação. Clique AQUI para ver. (Foto: Palácio dos Bandeirantes; Fonte: Gazeta do Povo)