As audiências para as oitivas das testemunhas de acusação e de defesa e para interrogatório dos réus pelos atos de 8 de janeiro tiveram início nesta segunda-feira (26).
As audiências ocorrem por meio de videoconferência e são realizadas por quatro magistrados que atuam como auxiliares/instrutores no gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Elas devem ser finalizadas até o dia 31 de julho.
Neste primeiro bloco, o foco está nas ações penais contra as 232 pessoas que seguem presas e são acusadas de crimes mais graves.
Entre as acusações estão:
-Associação criminosa armada;
-Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
-Tentativa de golpe de Estado;
– Dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo;
– Deterioração de patrimônio tombado.
Formato
As audiências de instrução são divididas em duas partes. Na primeira, são ouvidas as testemunhas de acusação na presença de representante da Procuradoria-Geral da República, dos réus e respectivos advogados. Nessa parte, a PGR pergunta, a defesa pergunta e o juiz pergunta.
Na segunda etapa, são ouvidas as testemunhas de defesa e o réu é interrogado. O juiz abre a audiência na presença da PGR, do advogado de defesa e do réu e ouvirá as testemunhas que foram apresentadas pela defesa. Tanto a defesa quanto o representante da PGR também podem fazer perguntas. Encerradas as perguntas, o réu passa então a ser interrogado.
Balanço
Após o dia 8 de janeiro, mais de 2 mil pessoas foram detidas. À maioria foi concedida liberdade com aplicação de medidas cautelares. Atualmente, 253 pessoas seguem detidas.
Até o momento, o STF já analisou 1.245 denúncias – outras 45 serão finalizadas nesta segunda (26). E veja também: Caminhão de maconha tomba em frente a Batalhão da PM. Clique AQUI para ver.