Nesta quinta-feira (22), a mineradora canadense Lucara anunciou a descoberta de um diamante de 2.492 quilates na mina de Karowe, em Botsuana, país que se destaca como o maior produtor africano de diamantes. O diamante é o segundo maior já registrado na história, ficando apenas atrás do famoso “Cullinan”, de 3.106 quilates, encontrado na África do Sul em 1905.
A pedra, que é tão grande que mal cabe na palma da mão, ainda não passou por uma avaliação completa, o que deixa em aberto a possibilidade de que possa ou não render gemas de alta qualidade.
A mina de Karowe, operada pela Lucara, é conhecida por produzir pedras de grandes dimensões. Em 2015, a empresa encontrou o diamante “Lesedi La Rona”, de 1.109 quilates, que na época era o segundo maior já descoberto e foi vendido por US$ 53 milhões. Outra pedra famosa da mina foi a de 813 quilates, vendida por um recorde de US$ 63 milhões. Ambos os diamantes eram do Tipo-IIa, o tipo mais valioso.
Apesar de a Lucara ter encontrado recentemente, em Karowe, o diamante “Sewelo” de 1.758 quilates, essa pedra não possuía qualidade gemológica. No entanto, a descoberta de uma pedra tão grande é um marco significativo para a mineradora, que utiliza tecnologia de raios-x para identificar e extrair gemas valiosas sem danificá-las.
“O sucesso em recuperar uma pedra tão massiva e de alta qualidade intacta é um testemunho da eficácia da nossa abordagem para a recuperação de diamantes”, declarou William Lamb, CEO da Lucara, em comunicado oficial.
O diamante foi descoberto no nordeste de Botsuana e, segundo a Lucara, é “um dos maiores diamantes brutos já encontrados”. Botsuana, com 2,6 milhões de habitantes, é um dos maiores produtores mundiais de diamantes, sendo essa a principal fonte de receita do país.
O “Cullinan”, o maior diamante já descoberto, foi cortado em várias gemas polidas, com as duas maiores — a Grande Estrela da África e a Pequena Estrela da África — integradas às Joias da Coroa Britânica.
A descoberta da Lucara ocorre em um momento de queda acentuada nos preços dos diamantes, impulsionada por um aumento na oferta dessas pedras e pelo crescimento do mercado de gemas sintéticas. Embora a empresa ainda não tenha revelado o valor ou a qualidade da nova descoberta, ela será apresentada à imprensa em Gaborone e exibida ao presidente de Botsuana, Mokgweetsi Masisi.
Em seu comunicado, a Lucara destacou que os recursos gerados pela mineração proporcionam benefícios socioeconômicos significativos para Botsuana, incluindo financiamento para setores essenciais como educação, saúde e infraestrutura.
Antes dessa nova descoberta, o maior diamante encontrado em Botsuana era o “Sewelo”, de 1.758 quilates, também extraído pela Lucara em 2019. E mais: Esposa de Moraes pega carona com ministros de Lula em voo da FAB. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: O Globo)
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