Os embaixadores da União Europeia não chegaram a um acordo sobre o décimo pacote de sanções contra Moscou por causa do material ‘borracha’, relata o portal de notícias internacional ‘Politico’ com base em documentos sigilosos aos quais teve acesso.
“Um dos pontos polêmicos continua sendo a borracha sintética, contra a qual a Comissão quer impor sanções”, diz a publicação. Itália e Alemanha são céticas quanto à ideia de limitar a importação desse material da Rússia, enquanto a Polônia apoia tal medida, apontam os autores da reportagem.
Fora a ‘borracha’, conforme relatado ontem (19) pela chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen , as novas restrições devem dizer respeito a eletrônicos, veículos especiais, peças de reposição, bens de “uso duplo”.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, acrescentou que “cerca de uma centena de indivíduos e organizações, incluindo meios de comunicação e jornalistas, militares e políticos, serão alvo de sanções pessoais”.
O vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis , disse na terça-feira que o décimo pacote de sanções “incluirá medidas para combater a evasão das restrições”.
O projeto de restrições também foi examinado pela Bloomberg, segundo a qual a União Europeia poderia introduzir medidas restritivas contra o Alfa-Bank , Rosbank , Tinkoff Bank , bem como o Fundo Nacional de Bem-Estar (Fundo de Seguro Social e Fundo de Reserva da Federação Russa).
Desde o final de fevereiro do ano passado, a UE aprovou nove pacotes de medidas restritivas contra Moscou, incluindo restrições financeiras e comerciais e sanções individuais. Até o momento, as restrições pessoais se aplicam a 1386 indivíduos e 171 organizações.
E veja também: Nunes Marques critica prisões ‘indiscriminadas’ e em ‘larga escala’ após ‘8 de Janeiro’. Clique AQUI para ver.