O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciou nesta terça-feira (3) que irá cumprir a decisão do Parlamento do país e suspender a Lei Marcial que havia imposto apenas horas antes.
A medida, considerada por muitos como um dos maiores desafios à democracia sul-coreana desde os anos 1980, gerou um forte protesto da população e uma reação rápida dos parlamentares.
O decreto de Yoon, que ele afirmou ter sido direcionado a seus opositores políticos, foi amplamente contestado. Em uma sessão parlamentar, os legisladores rejeitaram o decreto de forma unânime, com 190 votos contra a medida.
De acordo com a legislação da Coreia do Sul, o presidente é obrigado a suspender a Lei Marcial imediatamente caso o Parlamento exija, o que ocorreu no caso recente. O próprio partido de Yoon, o conservador Partido do Poder Popular, também pediu pela revogação da medida.
Yoon Suk Yeol, eleito presidente em 2022 por uma diferença apertada de menos de um ponto percentual sobre o rival Lee Jae-myung, assumiu a presidência com uma agenda conservadora.
Em contraste com seu antecessor, Moon Jae-in, que buscava a aproximação com Pyongyang, Yoon tem adotado uma postura mais firme, com promessas de fortalecimento das forças armadas e até mesmo a possibilidade de ataques preventivos a partir de sinais de ameaça.
A reação rápida dos legisladores e a pressão da população marcaram um ponto crucial na administração de Yoon, que, até então, tinha enfrentado poucos desafios significativos no cenário político interno. Veja trecho do pronunciamento abaixo! E mais: Correios enfrentam rombo financeiro de mais de R$ 2 bilhões em 2024. Clique AQUI para ver.
Presidente da Coreia do Sul desiste de Lei Marcial; Veja pronunciamento.
“No entanto, peço à Assembleia Nacional que pare imediatamente os atos imprudentes que paralisam a função do Estado”, afirmou Yoon Suk Yeol.
(Via: @SamPancher) pic.twitter.com/7zHNxEeuS2
— Metrópoles (@Metropoles) December 3, 2024