Polishop passará por recuperação judicial

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Nessa segunda-feira (20), a Justiça de São Paulo aprovou o pedido de recuperação judicial da varejista Polishop. A decisão foi emitida pelo juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, suspendendo execuções, arrestos e penhoras contra a empresa por 180 dias.

A Cabezón Administração Judicial foi designada para conduzir o processo de recuperação, com a responsabilidade de monitorar as atividades da Polishop. Agora a administradora tem 48 horas para apresentar um termo de compromisso e 15 dias para submeter uma proposta de trabalho e remuneração, juntamente com o primeiro relatório sobre o andamento do processo.

As dívidas da Polishop totalizam R$ 352 milhões. Com a aceitação do pedido de recuperação, a empresa tem 60 dias para apresentar um plano detalhado de como irá pagar suas obrigações trabalhistas, fornecedores e bancos.

A Polishop também foi instruída a apresentar contas mensais e documentos essenciais, como extratos bancários e comprovantes de pagamento de impostos e encargos sociais. Um edital será publicado para que os credores apresentem suas habilitações ou divergências no prazo de 15 dias, diretamente à administradora judicial.

No pedido de recuperação judicial, a Polishop destacou que já alcançou uma receita anual de R$ 1,2 bilhão. No entanto, em 2023, a rede registrou um prejuízo de R$ 155 milhões, atribuindo parte das dificuldades aos fechamentos do comércio durante a pandemia. Além disso, a empresa enfrentou desafios entre 2015 e 2019 devido à concorrência de novas empresas de e-commerce e ao surgimento de marketplaces.

A aprovação do pedido de recuperação judicial visa proporcionar à Polishop a oportunidade de reestruturar suas finanças e garantir a continuidade das operações, preservando empregos e honrando compromissos com credores.

História
A Polishop foi fundada em 1999/2000 por João Appolinário, mas inicialmente com o nome de “Seven Diet” e vendendo apenas um produto, “Sopa Emagrecedora”. Oferecia seus produtos pela TV, televendas e internet e desde então seu crescimento foi constante.

Em 2002, criou a revista Ideias, que é uma espécie de revista catalogo cujo foco se dá nos benefícios dos produtos.

As primeiras lojas físicas Polishop foram inauguradas em 2003, em shoppings de São Paulo. Até outubro de 2016, a rede de lojas da empresa reunia 228 pontos de venda em shoppings de 25 estados e o Distrito Federal.

Em 2004, inaugurou seu próprio canal de TV, Polishop TV, pois até então ela comprava publicidade nos principais canais de TV aberta e por assinatura.

Em 2007, iniciou uma expansão internacional distribuindo produtos em toda América do Sul, Estados Unidos, Ásia e em alguns países europeus.

Em 2011, abriu seu canal de vendas diretas e nasce o Polishop Com Vc,[5] uma possibilidade de vendas por intermédio do Marketing de Rede ou Marketing Multinível. Esse canal teve um crescimento expressivo de 320% apenas em 2012.

Em 2015, lançou a linha de produtos de beleza ‘Be emotion’ e adquiriu os direitos da organização do concurso Miss Brasil por dez anos. Relembre a propaganda abaixo! (Foto: divulgação: Fonte: Folha de SP)

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