O Nubank (BDR: ROXO34) anunciou, nesta terça-feira, a criação de uma operadora de telefonia celular virtual destinada aos seus clientes, com cobertura em quase todo o território nacional. Nomeada de NuCel, a nova operadora funciona sob o modelo MVNO, utilizando a infraestrutura da Claro, conforme informou o banco digital.
O lançamento do serviço ocorrerá de forma gradual ao longo dos próximos meses, apresentando três alternativas de planos com valores que variam entre R$ 45 e R$ 75 por mês. Os pagamentos serão realizados através do cartão de crédito do Nubank. Até setembro, a instituição contava com aproximadamente 97 milhões de clientes em solo brasileiro.
As ações do Nubank alcançavam novas máximas nesta terça-feira, com um crescimento de 1,71%, negociadas a US$ 15,74, por volta das 16h15 (horário de Brasília), na Bolsa de Nova York.
Em um relatório divulgado em maio, a XP Investimentos afirmou que a entrada do Nubank neste setor poderia ser um verdadeiro “game changer”. Apesar da falta de exemplos bem-sucedidos de novos concorrentes no Brasil, a XP acredita que existem fatores que podem beneficiar um novo player com a capacidade operacional do Nubank.
“A lógica estratégica para a entrada do Nubank nesse mercado está alinhada com a proposta do banco de expandir suas competências em novos segmentos, ampliando a monetização de sua vasta base de clientes”, destacou a XP.
Os planos do NuCel incluem:
15 GB por R$ 45/mês
20 GB por R$ 55/mês
35 GB por R$ 75/mês
Segundo o Nubank, os planos de celular incluem WhatsApp ilimitado, acesso ao aplicativo do banco e uma caixinha com rendimento de 120% do CDI. Clientes nos planos Ultravioleta e Nubank+ terão direito a um bônus de 10 GB de internet.
Análises
Conforme análise de especialistas do Goldman Sachs, a chegada do Nubank ao mercado de telefonia móvel por meio da operadora virtual NuCel sinaliza um aumento na competitividade do setor, afetando diretamente empresas como a Telefônica Brasil e a TIM Brasil.
Os analistas, liderados por Vitor Tomita, destacam que os planos oferecidos pela fintech são, na essência, pré-pagos, mas competem com alternativas híbridas e pós-pagas de outras operadoras devido aos seus preços mais acessíveis.
O Nubank acredita que, se a NuCel se mostrar bem-sucedida, os preços dos planos podem ser reduzidos futuramente, intensificando ainda mais a concorrência no segmento pré-pago. No entanto, ressaltam que é prematuro considerar essa possibilidade neste momento.
A TIM Brasil é a mais impactada, dada sua maior exposição ao mercado de planos pré-pagos. Em contrapartida, a Telefônica Brasil, que opera sob a marca Vivo, está mais concentrada em planos pós-pagos mais caros e serviços fixos, o que pode limitar os efeitos de um eventual sucesso da NuCel. E mais: Eleição na Venezuela deve ser resolvida pelos venezuelanos, diz assessor de Lula. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação (via Poder360); Fontes: InfoMoney; MoneyTimes)