A morte do tecladista da banda RPM, Luiz Schiavon, de 64 anos, foi comunicada nesta quinta-feira (15), por sua família, em São Paulo.
Segundo a informação – publicada em redes sociais – o músico lutava há quatro anos contra uma doença autoimune e teve complicações após uma cirurgia.
“Luiz era, na sua figura pública, maestro, compositor, fundador e tecladista do RPM, mas acima de tudo isso, um bom filho, sobrinho, marido, pai e amigo”, diz a nota. As cerimônias de despedida serão reservadas à família e aos amigos próximos.
“Despeçam-se ouvindo seus acordes, fazendo homenagens nas redes sociais, revistas e jornais, ou simplesmente lembrando dele com carinho, o mesmo carinho que ele sempre teve com todos aqueles que conviveram com ele”, disseram familiares de Schiavon.
O tecladista começou a estudar música aos sete anos de idade, em uma formação que durou 14 anos. Com o vocalista Paulo Ricardo, ele fez as primeiras composições da banda que se tornaria o RPM em 1985. Após a gravação de um compacto, fizeram um show de estreia no Teatro Bandeirantes, em São Paulo. A divulgação permitiu que a banda conseguisse vender 300 mil cópias com o primeiro LP [long play].
Em nota, a família informou que a cerimônia de despedida será reservada a familiares e amigos próximos.
Além de fundador do RPM, Schiavon também foi diretor musical do Domingão do Faustão e comandou a banda do programa por seis anos, entre 2004 e 2010. O músico também foi o responsável pelas trilhas sonoras das novelas Rei do Gado, Terra Nostra, Esperança e Cabocla, além da minissérie Mad Maria.
A banda foi formada em 1983, em São Paulo, e viveu o auge da popularidade naquela década. Pianista clássico, Schiavon formou três anos antes a banda de jazz Aura, com Paulo Ricardo (vocalista), Paulinho Valenza (baterista) e Edu Coelho (guitarrista). Após uma temporada de Paulo na Europa, os músicos retomaram o trabalho em conjunto e criaram o RPM, que lançou o primeiro disco em 1985. Entre os maiores sucessos do grupo estão “Olhar 43”, “Rádio Pirata”, “Revoluções por Minuto” (ouça abaixo), “Alvorada Voraz”, entre muitas outras.