O partido FDI, da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, rebateu nessa terça-feira (3) as críticas de partidos de esquerda pelo fato de o governo não ter enviado representantes de seu alto escalão para a posse de Lula (PT), realizada no domingo (1).
Na segunda-feira (2), o deputado ítalo-brasileiro Fabio Porta, eleito no Brasil para uma vaga de deputado na Itália pelo Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, afirmou: “O Brasil, uma das maiores democracias do mundo e o país com maior número de descendentes de italianos, celebrou ontem com cerimônia solene e grande manifestação popular a posse de seu novo presidente”.
Segundo ele, “foram 73 delegações estrangeiras, com a presença de 17 chefes de Estado”, mas “o único grande país europeu que não enviou nenhum governo membro foi a Itália”.
“Pela Europa, estiveram presentes a enviada especial da União Europeia, comissária Elisa Ferreira, o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e o rei da Espanha, Felipe VI; a França enviou o vice-chanceler Olivier Becht, enquanto que o Reino Unido foi representado pela secretária de Estado do Ambiente, Therese Coffey”, enfatizou Porta.
Em comunicado de resposta, membros da legenda Irmãos da Itália (FdI) na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados se disseram “surpresos” com declarações de integrantes do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, sobre a “suposta ausência de autoridades italianas” na posse de Lula.
“O que foi relatado não corresponde à verdade. Não havia nenhum primeiro-ministro ou chefe de governo europeu na posse. Por exemplo, quem representou Alemanha e Espanha foram o presidente Frank-Walter Steinmeier e o rei Felipe VI. Ambas as figuras são equiparáveis ao nosso presidente da República”, diz a nota.
“Em segundo lugar, está claro que não há qualquer motivo para acusar nem a premiê Meloni, nem outros representantes das instituições italianas, uma vez que quase todos os países da União Europeia estavam representados em Brasília pelo próprio embaixador, coisa que a Itália também fez, com Francesco Azzarello”, afirma o comunicado.