O ministro do ‘Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte’, Márcio França (PSB), afirmou na última segunda-feira (11) que o MDB não estará ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026. Atualmente, o MDB faz parte da base de apoio do governo, mas, segundo França, o cenário pode mudar nos próximos anos.
Em uma entrevista à CNN Brasil, o ministro fez uma comparação ao afirmar que, com a união da Prefeitura de São Paulo e do governo do Estado de São Paulo, o MDB contribuirá para o fortalecimento de um adversário de Lula na eleição de 2026.
“O MDB está na Prefeitura de São Paulo e no governo do Estado de São Paulo. E [com] essa somatória, a Prefeitura de São Paulo e o governo de São Paulo, eles se juntarão para montar o ovo da serpente que virará o adversário do Lula na próxima eleição”, disse França.
O partido, que tem como figura de destaque o prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes, mantém uma aliança com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já é cotado como possível candidato à presidência nas próximas eleições.
França, no entanto, reconheceu que algumas figuras do MDB, especialmente no Nordeste, têm uma postura mais favorável a Lula. “O MDB está na mão do Tarcísio, por sua vez está na mão do [Gilberto] Kassab [PSD], do Valdemar [Costa Neto, do PL]”, afirmou o ministro. “Esse grupo estará contra a gente na próxima eleição”, completou.
Quando questionado sobre o posicionamento do partido, Márcio França não poupou críticas e declarou que, se fosse o responsável pela escolha, não faria aliança com o MDB em 2026.
“Cachorro mordido por cobra tem medo até de salsicha. Se eu tivesse de criar uma nova relação, não criaria com o MDB”, disse o ministro. A fala remete a um período tenso da política brasileira, quando o MDB, então com Michel Temer, assumiu a Presidência após o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016. Veja abaixo! E mais: PGR aciona STF e pede suspensão de leis que autorizam atuação das bets no Brasil. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Poder360; CNN)