MBL lança oficialmente jornada para criar partido, que não se chamará ‘MBL’

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O Movimento Brasil Livre (MBL) anunciou no sábado (4), em seu 8º congresso nacional, em São Paulo, o nome e a logo do partido que desejam criar. Será o ‘Missão’.

A proposta dos ‘liberais’ é tirar a nova legenda do papel até as eleições de 2026 — o que possibilitaria ao grupo ter um candidato à presidência da República.

O símbolo será uma onça-pintada, mas não houve muita explicação sobre a escolha do bicho. Já as cores do Missão serão preto, amarelo e branco, que de certa forma representam o libertarianismo.

Para criar o novo partido, o MBL deve coletar 491,9 mil assinaturas em pelo menos nove unidades da federação. O último partido a conseguir registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi a Unidade Popular pelo Socialismo (UP), em 2019. Ele aguarda a aprovação final necessária pelo TSE.

O congresso foi realizado no Parque da Mooca, com ingressos que variavam entre R$ 250 e R$ 1 mil para acesso VIP. Entre os participantes, estavam o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP). Teve show de luzes e fumaça no evento.

 

Outro nome presente foi o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que também ministrou uma palestra. Temer cancelou sua participação.

O coordenador nacional do MBL, Renan Santos disse que adversários vão falar que o objetivo não será alcançado e vão rir do movimento, mas estarão errados como nas outras vezes em que menosprezaram o grupo.

“Eles vão falar: ‘Ah, mas já tem muitos partidos no Brasil’. Não tem muito partido no Brasil. Tem muita legenda, muito cartório. […] Sabe quem é partido, e aqui a gente tem que reconhecer? O PT é partido. Os nossos inimigos são fortes porque eles entendem o que é ser partido”, discursou.

 

 

Santos disse que o MBL não se sente representado pelas siglas em atividade no país. “Com todo o respeito a todos os partidos, não será com eles que nós vamos construir nada”, afirmou.

“Amanhã todos os nossos adversários vão falar que nós não vamos conseguir, que o MBL derreteu, que o MBL acabou, que se o Bolsonaro não conseguiu [com o plano de fundar a Aliança pelo Brasil] nós não vamos conseguir também, que nós somos pequenos, brincalhões, que não temos estrutura.”

Santos especulou que, entre os que vão rir da ambição do MBL, estarão o comentarista Rodrigo Constantino, o ex-integrante do MBL Fernando Holiday e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. “Vamos responder a eles pelas risadas que eles vão dar amanhã da gente”, disse, sob aplausos e gritos.

Santos seguiu: “Tem um partido sem representação parlamentar [no Congresso] chamado UP, que conseguiu [as assinaturas]. É impossível que a gente também não consiga. É absolutamente possível”.

O ex-deputado estadual Arthur do Val ‘Mamãe Falei’ afirmou que “o sistema não quer” a fundação de um partido ligado ao movimento. Mas segundo ele, “se tem alguém que gosta de missão impossível” é ele.

Arthur também disse que “quem trabalhar pelo Missão vai ganhar grana, vai ganhar dinheiro”. “É basicamente uma jornada profissional para você se aperfeiçoar. E você vai ganhar dinheiro com isso.” Participantes receberão mensagens no WhatsApp com instruções para se engajarem na mobilização.

A expectativa do MBL é que o partido esteja formado para as eleições de 2026. Nas de 2024, o formato atual usado pelo movimento para disputar cadeiras no Legislativo e no Executivo será mantido, usando partidos do Centrão para se candidatar.

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Fontes: O Globo; O Estado de Minas
Foto: reprodução vídeo (via O Globo)

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