Lula anuncia desapropriação de terras para o MST em MG

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Na última sexta-feira (7), em Campo do Meio, Minas Gerais, Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a desapropriação de três grandes áreas de terra que integram o ‘Quilombo Campo Grande’, localizado na região da antiga Usina Ariadnópolis.

Essas terras, ocupadas desde 1997 por membros do Movimento Sem Terra (MST), agora pertencem formalmente aos integrante.



As áreas desapropriadas incluem a Fazenda Ariadnópolis, com 3.182 hectares, a Mata Caxambu, com 248 hectares, e a Fazenda Potreiro, com 204 hectares, todas situadas em Campo do Meio.

A decisão acontece após três décadas de disputas judiciais, marcadas por 11 tentativas de reintegração de posse movidas pela massa falida da antiga usina.



“Demorou, mais saiu, orgulhosamente com todos os direitos garantidos. O que nós fizemos hoje é apenas o início do pagamento de uma dívida de 525 anos com o povo brasileiro”, declarou Lula durante o evento.

Lula reforçou a importância de direcionar terras públicas para a reforma agrária, criticando a existência de vastas extensões improdutivas nas mãos do Estado.



“Quem é o Estado? É o povo. E a terra tem que estar na mão do povo para que ele possa produzir. Levamos dois anos para colocar essa prateleira de pé, agora é preciso que essa prateleira comece a disponibilizar as terras para que a gente possa assentar, não apenas quem já está em acampamento, mas também fazer com que outras pessoas que queiram, tenham o direito de trabalhar”, afirmou Lula.

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, assegurou que o governo defenderá os assentados contra qualquer contestação judicial futura.



“Esse decreto que o presidente Lula assinou agora, declarando e regularizando a terra para vocês, essa terra agora é de papel passado pra vocês. Mexeu com vocês, mexeu com a gente agora. Qualquer demanda na Justiça que estiver com vocês agora, quem vai estar ao lado de vocês lutando na Justiça somos nós da Advocacia Geral da União, a pedido do presidente Lula, vocês não estarão mais sozinhos”, garantiu Messias.



O Quilombo Campo Grande surgiu em 1998, após a falência da Usina Ariadnópolis Açúcar e Álcool S/A, que encerrou suas operações em 1996 deixando dívidas com a União e trabalhadores sem salários ou indenizações.

Hoje, o quilombo abriga 11 acampamentos – Betim, Campos das Flores, Chico Mendes, Fome Zero, Girassol, Irmã Dorothy Resistência, Rosa Luxemburgo, Sidney Dias, Tiradentes e Vitória da Conquista –, reunindo mais de 450 famílias, cada uma com cerca de 8 hectares de terra, conforme dados do governo.



Durante a visita, Lula também anunciou a entrega de 12.297 lotes em 138 assentamentos rurais, totalizando 385 mil hectares distribuídos por 24 estados. Para 2025, está previsto um custo de R$ 1,6 bilhão no Crédito Instalação, para18 mil famílias com novas casas, e R$ 48 milhões para o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).













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