Quem era o jovem que morreu em acidente no metrô de São Paulo

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O trágico acidente que tirou a vida de Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, de 35 anos, aconteceu na manhã da última terça-feira (6), na estação Campo Limpo da Linha 5-Lilás do metrô de São Paulo. O passageiro ficou preso entre o trem e a plataforma e acabou sendo arrastado com o início da movimentação do vagão.

Estudante de Educação Física e promotor de vendas, ele completaria 36 anos neste domingo, 11 de maio, data que neste ano coincide com o Dia das Mães.

Morador de Taboão da Serra, na Região Metropolitana, Lourivaldo estava no sétimo semestre do curso de Educação Física e já dava aulas de natação. Ele era casado e pai de três filhos — um adolescente de 18 anos e duas crianças, de 4 e 3 anos.

Segundo a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação da linha, o sistema não possui sensores capazes de identificar a presença de pessoas entre o trem e a plataforma.

A empresa explicou que “o trem seguiu viagem, mesmo com o homem preso, porque tanto as portas da plataforma quanto as do vagão estavam fechadas”. A concessionária ressaltou ainda que promove campanhas para conscientizar os usuários sobre os riscos de entrar ou sair dos trens após o sinal sonoro ou tentar forçar o fechamento das portas.

De acordo com boletim policial, por volta das 8h, agentes da companhia que estavam nas proximidades ouviram um ruído vindo da área de embarque. Ao se aproximarem, encontraram o corpo de Lourivaldo caído entre o trem e os trilhos, com ferimento grave na cabeça e sem sinais vitais. A Polícia Civil registrou a ocorrência como morte acidental e suspeita.

O pai da vítima, Lourivaldo dos Santos, esteve na delegacia da estação Palmeiras-Barra Funda na tarde do mesmo dia e prestou depoimento por mais de uma hora. Emocionado, ele relembrou os planos que tinha com o filho: “A gente ia fazer um churrasco agora, que é o meu aniversário, e o dele dia 11, mas…”, lamentou. E completou, em lágrimas: “Ele é pai daquele que faz mamadeira, dá banho, troca fralda… Coisa que eu não fiz, ele faz”.

Amigos e vizinhos prestaram homenagens e fizeram apelos por justiça. “Todo mundo acaba se colocando no lugar tanto dele quanto da família, porque todos nós somos usuários da mesma linha. Que isso não fique impune para não acontecer com outros pais de família, outras mães, assim como eu, que saio da minha casa todo dia. Aquilo é uma loucura”, disse a vizinha Carolina Soares.

“Ele é um menino super do bem, família. A gente está tentando ser forte para dar apoio, mas todo mundo ficou em choque”, declarou a amiga Alindaci Buarque. (Foto: reprodução redes sociais; Fontes: Metrópoles; Gazeta Brasil; G1)

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