Haddad anuncia se governo Lula pretende retaliar tarifas de Trump

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (12) que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não planeja revidar as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao aço brasileiro, priorizando o caminho das negociações. Assista ao fim da reportagem.

Durante reunião com representantes do Instituto Aço Brasil, ele recebeu sugestões para proteger a indústria nacional diante das taxas aplicadas pelo presidente americano Donald Trump (Republicano).



O próximo passo será a elaboração de uma nota técnica pela Fazenda, que será encaminhada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), sob comando de Geraldo Alckmin (PSB), para análise. “Nós vamos estudar, como sempre fazemos”, garantiu Haddad, sem estipular uma data para a entrega do documento.

Haddad destacou que as demandas do setor siderúrgico envolvem dois fronts distintos. “O setor do aço pede providências tanto em relação às importações, quanto às exportações. Obviamente que a estratégia não pode ser a mesma em um caso e em outro, porque, no caso das exportações, envolve uma negociação, no caso das importações, envolve uma defesa mais unilateral”, explicou o ministro.



No encontro, estiveram presentes nomes como Sergio Leite de Andrade, presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Marco Pollo de Mello Lopes, presidente executivo da entidade, André Gerdau Johannpeter, CEO da Gerdau, e outros líderes do segmento.

O Instituto Aço Brasil apresentou medidas como a redução da alíquota de importação do aço, o que poderia ampliar a presença do produto chinês no mercado brasileiro. Haddad, no entanto, reforçou a orientação do governo contra ações impulsivas.



“Nós não vamos proceder assim [por retaliação] por orientação do presidente da República. O presidente Lula falou: ‘muita calma nessa hora’. Nós já negociamos outras vezes em condições até em condições mais desfavoráveis do que essa. Nós vamos levar a consideração do governo americano de que há um equívoco de diagnóstico”, declarou o ministro.



As tarifas americanas de 25% sobre aço e alumínio brasileiros passaram a valer a partir da meia-noite desta quarta-feira (12). Segundo Haddad, a medida impacta o setor e eleva os custos dos produtos exportados para o consumidor nos EUA, o que reforça a necessidade de diálogo para reverter o cenário.

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