O Grupo Pão de Açúcar anunciou recentemente a venda de 11 lojas próprias em um negócio avaliado em R$ 330 milhões. Essa transação foi realizada por meio do formato conhecido como sale and leaseback, no qual a empresa vende as lojas, mas continua utilizando-as por meio de um contrato de locação.
Cada uma dessas unidades vendidas é composta por um ou mais imóveis, e os contratos de locação terão um prazo inicial de 15 anos, com exceção de três lojas, que terão um período inicial de locação de 18 anos, podendo ser renovados por um prazo adicional igual.
A estratégia adotada pelo Pão de Açúcar visa assegurar a continuidade de suas operações em condições financeiras sustentáveis. Além disso, a empresa busca reduzir sua alavancagem financeira ao longo dos anos de 2023 e 2024, de acordo com informações divulgadas pela própria companhia.
A empresa registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 248 milhões no primeiro trimestre deste ano, após lucro de R$ 1,4 bilhão no mesmo período em 2022. Os valores incluem as atividades de hipermercados, segmento que o GPA decidiu sair, e do Grupo Éxito, unidade da empresa em países da América do Sul que está sendo segregada.
Essa venda de ativos contribuirá para a redução da dívida líquida do grupo e para o reforço de sua estrutura de capital. O Pão de Açúcar planeja adotar diversas medidas para alcançar seus objetivos de redução da alavancagem, incluindo a venda de ativos que não são essenciais para a continuidade do negócio.
Além disso, a empresa pretende implementar melhorias operacionais, que resultarão na meta de margem Ebitda ajustada de 8% a 9% até 2024. A redução do excesso de estoque das lojas também faz parte do plano, assim como a venda da participação do Grupo Éxito após o processo de segregação em curso.
Com essa transação, o Grupo Pão de Açúcar busca fortalecer sua posição financeira e garantir sua sustentabilidade no mercado. A venda das 11 lojas próprias é um passo importante para alcançar seus objetivos de redução da alavancagem e reestruturação de seu capital.
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