Os ferroviários de São Paulo aprovaram, em assembleia, uma greve que começará à meia-noite de quarta-feira como forma de protesto contra a privatização das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM.
A decisão foi tomada na última quinta-feira. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve realizar o leilão das três linhas na próxima semana, com investimentos de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos de concessão.
Além da greve, os ferroviários planejam formar uma comissão para negociações e, no dia 25, um ato público ocorrerá às 9h, em frente à B3 (Bolsa de Valores), em São Paulo.
A paralisação deve afetar as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, com a reivindicação de que, caso haja demissões, a greve continuará.
A direção do sindicato dos ferroviários afirmou que a greve só será encerrada com o cancelamento do leilão. “Greve até o cancelamento do leilão: só paramos com garantia por escrito de Tarcísio Freitas de que o leilão foi cancelado”, declarou.
As três linhas a serem leiloadas atendem mais de 4,6 milhões de pessoas, conectando a capital paulista à zona leste e cidades como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos.
O projeto de privatização prevê a ampliação de algumas dessas linhas, com destaque para a linha 11-Coral, que ganhará 4 km, e a linha 12-Safira, que será estendida em 2,7 km. A linha 13-Jade terá uma expansão de 15,6 km, com seis novas estações.
A ViaMobilidade, responsável pelas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, já operadas pela iniciativa privada, está sob investigação do Ministério Público de São Paulo devido a seguidas falhas e acidentes.
O governo paulista também planeja reformas em 24 estações e a construção de 8 novas, além da eliminação de passagens em nível com a construção de passarelas e viadutos para aumentar a segurança. E mais: PT organiza transmissão do julgamento de Bolsonaro no STF. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Metrópoles)
