Governo Lula formaliza pedido para Brasil sediar Copa do Mundo Feminina de 2027

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O Governo federal entregou, no sábado (4/11), à CBF e à FIFA, a ‘Declaração Governamental’ assinada por Lula e pelo ministro do Esporte, André Fufuca (centro da foto), que oficializa a intenção do Brasil de sediar a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027.

Acompanham a declaração sete garantias governamentais exigidas pela FIFA para os países que se candidatam a receber o Mundial.

Os documentos foram entregues por Fufuca diretamente aos presidentes da CBF, Ednaldo Rodrigues (direita na foto), e da FIFA, Gianni Infantino, no Rio de Janeiro. As garantias para a Copa Feminina, assinadas por diversos ministérios, abrangem as seguintes áreas:

1- Procedimentos de Vistos, Licenças, Imigração e Check-in;
2- Permissões de Trabalho e Lei Trabalhista;
3- Isenções Fiscais e Compromissos Cambiais;
4- Segurança e Proteção;
5- Proteção e Exploração dos Direitos de Competição;
6- Tecnologia da Informação; e
7- Renúncia, Indenização e outras Questões Legais.

Os documentos entregues à CBF e à FIFA são fruto de um ‘Grupo de Trabalho Interministerial’, coordenado pelo Ministério do Esporte, e composto por 23 ministérios. A CBF participou do GT na qualidade de convidada permanente. A expectativa é que a FIFA anuncie o país que irá sediar a Copa em maio de 2024.

Voltando no tempo
Em 2007, o governo Lula II comemorava a decisão da Fifa de escolher o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014. O Brasil aparecia como único candidato da América do Sul, continente ao qual cabia a vez no rodízio pela Fifa. Ou seja, a chance de o torneio desembarcar em outro país era zero.

Ricardo Teixeira era o presidente da CBF. Estava no comando desde 1989 e foi um dos articuladores políticos dentro da Fifa para trazer a Copa do Mundo ao Brasil.

E Teixeira chegou a prometer uma Copa sem gastos públicos em estádios. “A Copa do Mundo será melhor quanto menos dinheiro público for investido. Essa equação é que norteia o projeto desde o início. Ao governo, em todos os seus níveis, caberá os gastos com obras que lhe dizem respeito. O investimento maior terá de vir da iniciativa privada”, afirmou Teixeira na época de candidatura.

Como se viu, a construção de estádios precisou, e muito, de dinheiro público. Segundo dados do Ministério do Esporte em 2015, o balanço final dos valores dos 12 estádios da Copa do Mundo de 2014 resultou em: R$ 8,333 bilhões investidos na construção ou reforma das arenas, sendo que R$ 3,815 bilhões saíram dos cofres do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como empréstimo para as obras.

O estádio mais caro do Mundial foi o Mané Garrincha, que custou R$ 1,4 bilhão ao governo do Distrito Federal – sem a utilização de nenhum recurso do ProCopa (a linha de financiamento do BNDES para as obras). Em segundo lugar aparece a Arena Corinthians (R$ 1,080 bilhão), seguida pelo Maracanã (R$ 1,050 bilhão).

Pelo ProCopa, o BNDES poderia financiar até 75% da obra, com limite de R$ 400 milhões, com prazo de pagamento até 180 meses. O único estádio a não utilizar o empréstimo foi o Mané Garrincha.

A obra mais barata nas 12 cidades-sedes foi o Beira-Rio, que custou R$ 330 milhões ao Internacional em Porto Alegre (R$ 275,1 milhões emprestados pelo BNDES). Todos esses valores são de 2015, ainda sem correções monetárias.

Desta vez, caso a Copa do Mundo Feminina de 2027 venha ao Brasil, espera-se que os mesmos estádios possam ser utilizados para o evento esportivo. E veja também: Câmara de São Paulo cria CPI para investigar concessionária de energia. Clique AQUI para ver.


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Fonte: Agência Gov.; Espn; GE
Foto:  Miguel Schincariol/FIF (via Agência Gov.)

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