O governo Lula vai estabelecer um limite de 70 estudantes por turma nas aulas ao vivo em cursos semipresenciais, conforme prevê o novo marco regulatório da educação a distância que será oficializado nesta segunda-feira (19) pelo por Luiz Inácio Lula da Silva. A medida integra um conjunto de diretrizes elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) para reorganizar o modelo híbrido de ensino superior no país.
Segundo apuração do Estadão, a proposta do MEC inclui a exigência de que, além das atividades presenciais e online assíncronas, os cursos semipresenciais passem a ter aulas ao vivo, por meio de videoconferência. Inicialmente, o ministério cogitava limitar essas turmas a 50 alunos, mas a versão final que será encaminhada ao presidente amplia o teto para 70.
A definição de um número máximo de participantes em aulas síncronas tem gerado resistência entre representantes do ensino superior privado, que veem a medida como um fator que pode elevar os custos operacionais e, em consequência, as mensalidades cobradas dos estudantes.
Outro ponto central do novo decreto é a proibição da oferta de cursos 100% a distância nas áreas da saúde e nas licenciaturas.
Atualmente, na área de saúde, graduações como Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Biomedicina, Fonoaudiologia e Educação Física tem graduação EAD, segundo o Estadão. Essas formações devem ser oferecidas presencialmente ou em modelo semipresencial, com obrigatoriedade de aulas ao vivo, a partir da publicação das novas regras.
A decisão representa uma mudança significativa, especialmente no caso da Enfermagem. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, quando assumiu a pasta, cerca de 40% das matrículas autorizadas nesse curso eram realizadas na modalidade totalmente remota.
“Nós suspendemos isso e com certeza essa vai ser uma das áreas que vamos garantir 100% [presencial ou com componentes presenciais]”, afirmou o ministro em março. E mais: Janja confirma pergunta a Xi Jinping: “não há protocolo que me faça calar”. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Estadão)