A McCain do Brasil, conhecida pelas batatas fritas congeladas, anunciou um acordo para aquisição de 51% da Forno de Minas. As empresas comunicaram a operação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que começará a analisar o negócio.
Em 2018, a McCain do Brasil já havia adquirido 49% das ações da fabricante de pães de queijo congelados. Com a nova rodada, a empresa canadense passa a deter 100% da Forno de Minas.
O Cade, órgão do governo federal, informou que o pedido está em análise. O prazo para a confirmação da transação e o valor do negócio não foram divulgados.
A McCain do Brasil afirma que não pensa em fazer alterações na Forno de Minas. Em nota à imprensa, a empresa canadense afirmou que pretende seguir com o plano de negócio já existente e que tem o compromisso de manter a qualidade dos produtos ofertados.
Não é a primeira venda
Em 1999, a norte-americana Pillsbury, depois adquirida pela General Mills, comprou a Forno de Minas. A companhia realizou mudanças na forma de produção do produto carro-chefe e acabou diminuiu a qualidade dos pães de queijo. As vendas caíram tanto que a General Mills chegou a anunciar o fechamento e a demissão de todos os funcionários da ‘Forno de Minas’.
Entretanto, quando soube que a empresa poderia acabar, a família fundadora decidiu reassumir a gestão da Forno de Minas, isso no ano de 2009. A família segue à frente da companhia até hoje.
Início
O negócio foi criado em 1990 por Dalva Couto Mendonça e seus filhos Helder e Hélida (foto abaixo), a partir de uma receita caseira de pães de queijo. O salgado sempre foi tradição na família e ajudou no período de dificuldade durante o governo Collor.
Em 1991, a empresa foi transferida para Contagem e, em 1992, o então diretor Vicente Camiloti se torna sócio da família. Em 1995, os sócios adquirem um laticínio em Conceição do Pará para fabricarem os ‘queijos perfeitos’ para as receitas e neste mesmo ano, inauguram a sede própria também em Contagem.
Em 1999, a empresa foi vendida para a multinacional americana e, após 10 anos, voltou a pertencer aos seus fundadores, que devem deixar, mais uma vez, o comando da companhia que criaram.