Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ingressou com uma ação pedindo indenização por danos morais contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro argumenta que Haddad atacou sua dignidade, imagem e reputação com “alegações falsas e sem fundamento”.
“As declarações públicas e a associação do nome do senador com a prática de crimes causam um dano moral claro, prejudicando sua imagem pública, pessoal e política. Existe uma conexão direta entre as palavras de Haddad e o prejuízo à honra e reputação de Flávio Bolsonaro, motivo pelo qual Fernando Haddad deve ser responsabilizado”, defende a equipe jurídica do senador.
O pedido judicial é para que Haddad seja condenado a pagar uma indenização equivalente a 40 salários mínimos por danos morais, além das custas judiciais, totalizando um valor de R$ 60.720,00. O processo corre no 1º Juizado Especial Cível de Brasília.
Durante o anúncio da revogação de uma norma da Receita Federal sobre o acompanhamento de transações via Pix na tarde desta quarta-feira (15), Fernando Haddad fez críticas diretas a Flávio Bolsonaro. Flávio foi alvo de investigações por suposta prática de “rachadinha” durante seu mandato na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), mas não chegou a ser processado.
Haddad declarou: “Não podemos colocar a perder os instrumentos que o Estado tem para combater o crime. As rachadinhas do senador Flávio foram combatidas porque a autoridade identificou uma movimentação absurda nas contas de Flávio Bolsonaro. Agora o Flávio Bolsonaro está reclamando da Receita? Ele não pode reclamar da Receita, ele foi pego pela Receita”, afirmou o ministro da Fazenda.
Em meio à controvérsia gerada pela questão do Pix, Haddad continuou com acusações: “Essas pessoas que compraram mais de cem imóveis com dinheiro de rachadinha não podem se indignar com o trabalho sério que a Receita está fazendo. O Flávio Bolsonaro, em vez de criticar o governo, deveria se explicar: como é que ele, sem nunca ter trabalhado, acumulou um patrimônio tão espetacular?”, questionou o ministro.
Em seguida, Haddad defendeu o papel do Fisco e ressaltou a necessidade de “ferramentas” para lutar contra o crime organizado. Naquele momento, a regra da Receita que previa o monitoramento de transações Pix acima de R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas foi revogada. E mais: Acidente de teleférico na Espanha deixa dezenas de feridos. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Senado; Fonte: Metrópoles)