Ministério da Fazenda tem preocupação ‘enorme’ com apostas e vai monitorar endividamento por CPF

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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o rápido crescimento das apostas on-line no Brasil está gerando grande ‘preocupação’, especialmente em relação ao risco de aumento do endividamento da população. A reportagem é do jornal O Globo.

Segundo Durigan, as plataformas autorizadas a operar no país serão obrigadas a compartilhar informações com o Ministério para que o controle do endividamento por CPF seja monitorado.

“Tanto é preocupação da Fazenda que faz parte da regulação a obrigação de compartilhamento de informação das empresas que tiverem autorização. Então, o controle de endividamento por CPF vai ter uma obrigação das empresas de monitorar e informar à Fazenda”, afirmou Durigan durante conversa com jornalistas em São Paulo.

Estimativas do Banco Central indicam que, em 2024, os brasileiros têm gasto cerca de R$ 20 bilhões por mês em apostas on-line, com transferências via Pix. No público do Bolsa Família, o valor destinado às plataformas atingiu R$ 3 bilhões apenas em agosto.

Desde a regulamentação do setor, 113 empresas solicitaram autorização para operar, e, a partir de janeiro de 2025, todas as regras estarão em vigor. Empresas que não se regularizarem serão bloqueadas.

Além disso, Durigan disse que há um esforço conjunto entre os Ministérios da Justiça, Esporte, Saúde e a Receita Federal para combater irregularidades no setor de apostas.

“A aposta, no agregado, é sempre motivo de perda, porque a banca sempre ganha. Tem que ter conscientização que pode ser opção de lazer, que o jogo tem que ser responsável, que tem que ser feito com cuidado, seja de saúde mental ou endividamento.”

Ele frisou a importância de conscientizar a população de que apostas não devem ser tratadas como um investimento ou caminho para “ficar rico”, reforçando que a banca sempre ganha.

Grande parte dos problemas no Brasil, segundo Durigan, vem de empresas fraudulentas, enquanto as plataformas sérias estão interessadas em manter um mercado saudável e sustentável. “As pessoas estão colocando dinheiro nessas empresas fraudulentas, achando que são apostas, quando na verdade não são”, alertou o secretário. E mais: Fui querer ser “amostradinha” e passei mais 14 dias presa, diz Deolane Bezerra. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: O Globo)

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