A maioria dos Estados brasileiros deve enfrentar uma desaceleração no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, conforme estimativas da Tendências Consultoria divulgadas com exclusividade pelo Poder360. De acordo com a projeção, 22 das 27 unidades da Federação apresentarão um ritmo de expansão mais lento do que o registrado em 2024.
Entre os casos mais expressivos de enfraquecimento da atividade econômica estão a Paraíba, onde o avanço deve cair de 4,7% para 1,4%; Santa Catarina, que recuará de 4,9% para 1,0%; e o Amapá, cuja taxa projetada passa de 7,2% para 3,2%. Conforme o Poder360, isso não significa uma retração econômica, mas sim uma desaceleração que tende a ser percebida pela população no dia a dia.
Apesar da tendência geral de desaceleração, cinco Estados devem apresentar melhora no desempenho econômico em 2025. Entre eles, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são destaque, impulsionados pelo setor do agronegócio, que sofreu retração em 2024 devido à quebra de safra. O Rio Grande do Sul também está na lista, após ter sido severamente afetado por enchentes no primeiro semestre deste ano.
Um aspecto político chama atenção na análise. Segundo a reportagem, “a maioria dos Estados com expectativa de alta na economia teve vitória expressiva de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022”.
Apenas o Piauí, entre os Estados com crescimento projetado, deu maioria de votos a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última disputa presidencial. Já entre os 13 Estados onde Lula venceu, 12 devem experimentar uma desaceleração econômica.
Ainda conforme o Poder360, o Brasil como um todo superou as expectativas de crescimento em 2023 e 2024. Parte desse resultado foi impulsionado pelo aumento dos gastos públicos com programas sociais e transferências de renda, que somam cerca de R$ 400 bilhões ao ano. No entanto, esse modelo de estímulo levanta preocupações sobre a sustentabilidade fiscal no médio prazo.
Especialistas alertam que, embora a política fiscal expansionista possa manter o PIB aquecido temporariamente, tende a vir acompanhada de efeitos colaterais.
“O impacto do aumento da demanda também fortaleceu a inflação, o que levou o Banco Central a aumentar as taxas de juros para esfriar o consumo e a produção”, aponta a reportagem. Esse movimento, por sua vez, também contribui para desacelerar a economia.. E mais: Fala de Janja na China causa ‘caça às bruxas’ no governo Lula. Clique AQUI para ver. (Foto: Band; Fonte: Poder360)