Eduardo Suplicy (PT-SP), 83 anos, deputado estadual de São Paulo, anunciou em julho ter sido diagnosticado com linfoma não Hodgkin, um câncer raro e agressivo no sistema linfático. Como foi descoberto cedo, o diagnóstico precoce abre boas possibilidades de tratamento para o parlamentar.
Suplicy, que está sendo acompanhado pelo hematologista Celso Arrais, confirmou a notícia pelas redes sociais e relatou estar em tratamento com imunoquimioterapia, combinação de medicamentos tradicionais e terapia imunológica.
Desde então, Suplicy segue suas atividades normalmente, participando de sessões na Assembleia Legislativa, atos públicos e campanhas eleitorais. A informação foi revelada pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de SP. Após a divulgação, o deputado foi às redes sociais e confirmou o diagnóstico.
Como noticiado pela colunista @monicabergamo na @folha, recebi em julho o diagnóstico de linfoma não Hodgkin e estou em tratamento imunoquimioterápico, sob os cuidados do Hematologista Dr. Celso Arrais e sua equipe. + pic.twitter.com/D8tRKJasj2
— Eduardo Suplicy (@esuplicy) October 28, 2024
Este ano, Suplicy teve pneumonia e recebeu alta médica somente no sábado (26). Saiu do hospital e, no domingo (27), foi às urnas para votar em Guilherme Boulos (PSOL-SP) para prefeito.
O petista também revelou à mesma colunista que tinha recebido o diagnóstico da doença de Parkinson em uma entrevista à mesma colunista, em setembro de 2023
Com raízes em uma das famílias mais tradicionais de São Paulo, Eduardo Suplicy nasceu em São Paulo, 21 de junho de 1941, filho de Paulo Cochrane Suplicy e de Filomena Matarazzo Suplicy. Filomena teve seu primeiro casamento com Anésio Lara Campos, com quem teve dois filhos e, uma vez viúva, casou-se com Paulo Suplicy, com quem teve mais nove filhos: Besita, Vera, Paulo, Eduardo, Roberto, Marina, Ana Maria, Rony e Luís.
Sua relação com o Partido dos Trabalhadores (PT) começou no início dos anos 1980, quando ajudou a fundar o partido junto a nomes como Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, Suplicy construiu uma trajetória política marcada pela agenda dos direitos humanos e sua luta pela erradicação da pobreza.
Sua carreira pública inclui mandatos como vereador, deputado federal e senador por São Paulo, cargo que exerceu por 24 anos, de 1991 a 2015, tornando-se um dos senadores mais conhecidos do Brasil.
No Senado, ficou famoso por sua defesa da ‘Renda Básica de Cidadania’, projeto de distribuição de renda que se tornaria uma de suas principais bandeiras.
Em 2018, após uma breve pausa, foi eleito vereador da capital paulista e, em 2022, deputado estadual, consolidando-se como uma das figuras mais respeitadas e populares do PT, especialmente em São Paulo.