O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) concedeu uma entrevista ao canal conservador One America News Network (OANN), nos Estados Unidos, na qual fez duras críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Alexandre de Moaes e afirmou que seu pai, o ex-presidente Bolsonaro, sofre perseguição semelhante à enfrentada pelo ex-presidente Donald Trump.
Durante a conversa, ele comentou as acusações contra Bolsonaro, os desafios da oposição no Brasil e a possibilidade de uma anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Eduardo Bolsonaro iniciou a entrevista afirmando que “a guerra jurídica que enfrentamos no Brasil é a mesma que Trump enfrenta aqui”.
Popularidade e acusações contra Bolsonaro
Ao ser questionado sobre a popularidade de seu pai, Eduardo afirmou que “ele ainda é recebido com entusiasmo nas ruas, enquanto Lula evita sair em público”. Segundo ele, “se as eleições fossem hoje, Bolsonaro derrotaria Lula por uma diferença de pelo menos cinco pontos percentuais”.
O parlamentar também criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou Bolsonaro inelegível. Sobre as acusações do Ministério Público Federal, que pede 38 anos de prisão para Bolsonaro, Eduardo ironizou a narrativa que aponta um suposto plano golpista chamado “Adaga Verde e Amarela”: “Eles dizem que haveria envenenamentos e assassinatos. Imagina só, sequestrar alguém e envenenar. Isso não faz sentido algum”.
Comparando o 8 de Janeiro ao 6 de Janeiro nos EUA
Eduardo Bolsonaro também comparou os eventos de 8 de janeiro, no Brasil, com o dia 6 de janeiro de 2021, quando ocorreu a invasão ao Capitólio nos EUA.
Ele enfatizou que Bolsonaro estava fora do país no dia das manifestações: “Querem dizer que ele estava por trás de tudo, mas ele estava na Disney, em Orlando. O próprio ministro Alexandre de Moraes estava em Paris. Quem organiza uma tentativa de golpe em um domingo, no meio das férias, com idosos e senhoras desarmadas?”.
Anistia e possibilidade de candidatura
Perguntado se Bolsonaro poderá concorrer novamente à presidência, Eduardo respondeu que a decisão está nas mãos do Tribunal Superior Eleitoral: “Estamos tentando reverter a inelegibilidade. Mas também há um projeto no Congresso que propõe anistia para todos os envolvidos no 8 de janeiro, o que incluiria Bolsonaro”.
Sobre a possibilidade de ele próprio concorrer caso seu pai seja impedido, Eduardo desconversou: “Acredito que meu pai conseguirá reverter tudo isso. Lembre-se de como Trump estava em 2021, sem redes sociais, sem apoio de doadores. Agora ele está mais forte do que nunca. No Brasil, estamos no mesmo caminho”.
Pedido de apoio a Trump e os planos para 2026
No fim da entrevista, Eduardo Bolsonaro sugeriu que Trump envie uma delegação oficial ao Brasil: “Seria inacreditável se ele viesse e fizesse um discurso como fez na Europa”. E concluiu: “No Brasil, eles têm medo de Trump. Eles sabem que ele pode fazer muito”. Clique AQUI para assistir, legendado, no Youtube.