Em uma análise pós-segundo turno, o UOL revelou o encolhimento progressivo das forças políticas de esquerda nas capitais brasileiras ao longo da última década, enquanto partidos de direita e de centro consolidaram avanços significativos.
O levantamento mostra que, em 2024, apenas três capitais brasileiras terão prefeitos do campo progressista: João Campos (PSB) em Recife, David Almeida (Avante) em Manaus e Evandro Leitão (PT) em Fortaleza. Especialistas ouvidos pelo veículo destacaram o fortalecimento gradual da direita e do centrão como fatores que contribuíram para esse cenário.
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De acordo com o levantamento, o campo conservador avançou de nove prefeituras em 2012 para 13 em 2024, enquanto o centro ampliou de três para dez administrações no mesmo período. Já a esquerda, que ocupava 14 prefeituras em 2012, viu esse número reduzir-se gradualmente para apenas três neste ano.
O cientista político Rodrigo Prando comentou ao veículo a essa ascensão da direita, especialmente após os anos de Jair Bolsonaro no poder: “Os anos Bolsonaro tiraram uma direita que estava na grande maioria das vezes escondida e a colocaram no espaço público, especialmente a extrema direita. Isso abalou de certa forma a esquerda, que perdeu espaço. Isso fica notório no resultado dessas eleições”.
Outro fator determinante para o fortalecimento do centrão é o acesso ampliado a recursos e emendas parlamentares, além do crescente domínio desse grupo no Legislativo. Prando aponta que o fenômeno não se resume ao bolsonarismo:
“Não é só o extremismo bolsonarista que ganha; é o centrão, são os partidos de centro, conservadores de certa maneira, mas não necessariamente o extremismo”.
Além disso, especialistas sugerem que a esquerda enfrenta dificuldades na renovação de quadros e no uso das redes sociais, o que contrasta com o avanço da direita e dos partidos de centro, que vêm aprimorando suas estratégias digitais e investindo pesado na comunicação política. Clique AQUI para ver na íntegra. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: UOL)