O deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC) afirmou que Francisco Wanderley Luiz, identificado como o proprietário do veículo que explodiu na Praça dos Três Poderes, apresentava sinais de “sérios problemas” após enfrentar um divórcio.
Goetten, que cresceu em Rio do Sul (SC), cidade natal de Luiz, conhece o chaveiro desde a juventude. Segundo o deputado, Luiz teria se mudado para Brasília após a separação e passou a morar em “uma área precária” da capital federal.
Goetten declarou que percebeu mudanças no comportamento do conterrâneo depois da separação e também lamentou a morte de Luiz e o impacto dos atos que ele cometeu. O congressista destacou que Luiz era “de uma boa família” e que, em outro momento, havia sido um empresário bem-sucedido em sua cidade.
Embora Luiz tenha frequentado o gabinete do deputado em algumas ocasiões no último ano, Goetten afirmou que não teve contato com ele no dia da explosão. “Ele visitou meu gabinete algumas vezes, mas hoje não o vi”, disse Goetten, segundo quem Luiz teria circulado pelo prédio da Câmara na quarta-feira, 13 de novembro. Assista o fim da reportagem.
Nas redes sociais, Luiz, que se apresentava como empreendedor e investidor, compartilhou uma imagem no Supremo Tribunal Federal (STF), acompanhada da frase: “Deixaram a raposa entrar no galinheiro”.
A postagem foi feita poucas horas antes do atentado, e o STF ainda investiga a data exata do registro. Em uma mensagem recente, Luiz teria alertado sobre possíveis bombas em locais onde líderes políticos guardam documentos. “Cuidado ao abrir gavetas, armários, estantes, depósito de matérias etc”, dizia o texto. Luiz também fez críticas ao setor agropecuário e indicou que novas explosões poderiam ocorrer até o sábado seguinte.