Uma reportagem exclusiva da colunista Mônica Bergamo, publicada na Folha de S.Paulo, expõe o cenário preocupante enfrentado pela Força Aérea Brasileira (FAB) em 2025: falta de verba para manter em operação a frota de aeronaves usadas por autoridades do alto escalão federal.
Segundo apurou a colunista, “sem dinheiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) não está conseguindo abastecer a frota de dez jatos que as autoridades usam para viajar pelo país”, além de enfrentar sérias dificuldades com a manutenção dos aviões.
Conforme a reportagem, apenas três das dez aeronaves seguem em operação contínua. Os outros sete aviões permanecem, na maior parte do tempo, no solo, impossibilitados de voar por falta de manutenção, peças e combustível. Essa escassez tem gerado incômodo entre os ministros do governo Lula (PT), especialmente os que não estão entre os nomes com prioridade no uso da frota.
Ainda segundo Bergamo, “ministros que não estão no topo da escala de prioridades não têm conseguido reservar voos para seus deslocamentos, o que tem causado chateação em alguns deles, que chegam a reclamar”.
A legislação vigente determina quais autoridades têm preferência no uso das aeronaves. Os ministros da Justiça, da Fazenda, da Casa Civil e da Defesa estão entre os primeiros da fila.
A mesma regra vale para os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF). Os demais integrantes do governo, conforme apurou a Folha, precisam esperar que alguma aeronave esteja livre — o que tem se tornado cada vez mais difícil.
De acordo com a colunista, o Ministério da Defesa foi um dos órgãos mais afetados pelos cortes orçamentários realizados pela equipe econômica, sofrendo uma redução de R$ 2,6 bilhões em seu orçamento — o que afeta diretamente a FAB, subordinada à pasta.
Procurada pela colunista, a Força Aérea confirmou os problemas. Em nota reproduzida, a instituição informou que “as restrições orçamentárias ora enfrentadas impactam não apenas o reabastecimento das aeronaves, mas todo o ciclo de operação e manutenção da frota”.
A nota detalha ainda que “esses efeitos incluem limitações na aquisição de lubrificantes, peças de reposição e na realização de reparos em motores, o que compromete a plena disponibilidade dos meios, trazendo dificuldades ao cumprimento da missão”. (Foto: FAB; Fonte: Folha de SP)
Câmara aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários mínimos
Cortes no orçamento de agências reguladoras geram reações e paralisam serviços