Comandante da Marinha alerta: Força recebeu apenas 10% do orçamento para munição, e 40% da frota serão aposentadas

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A Marinha do Brasil está em crise e precisa de investimentos. Em cinco anos, a Força Naval brasileira terá de aposentar 40% de suas embarcações, deixando as costas brasileiras sujeitas a ameaças de potências estrangeiras. Além disso, os efeitos do ajuste fiscal do governo ameaçam até os recursos necessários para combustível e munições.

De R$ 79 milhões necessários para recompor a munição da Marinha, só R$ 6,8 milhões foram alocados em 2023. Para piorar, ela só recebeu ainda 57% do combustível mínimo para manter seus navios se deslocando, sem o qual não é possível dissuadir as ameaças à segurança do País.

Todos esses alertas são do comandante da Força Naval, o almirante Marcos Sampaio Olsen (foto), em entrevista ao jornal o Estado de São Paulo. Ele foi nomeado por Lula (PT) em janeiro deste ano, substituindo Almir Garnier Santos.

Segundo o atual comandante, a Marinha deixou de receber R$ 3,3 bilhões para a manutenção de seus investimentos nos últimos cinco anos e, agora, coleciona 43 embarcações à beira do fim da vida útil.

São meios de defesa e patrulha costeira e dos rios e hospitais, que atendem da Amazônia ao Pantanal. O primeiro deve ser um navio de desembarque de força anfíbia. O impacto só não será maior porque a Força deve receber – se não houver novos atrasos – 12 novas embarcações nesse período, entre as quais quatro fragatas e três submarinos convencionais.

Olsen também prevê diminuir o pessoal militar de carreira em troca de temporários e defende a realização de concursos para preencher as vagas de civis como forma de reduzir os custos com pessoal da Força.

Outro pedido do comandante é o aumento no percentual do PIB investido na Marinha. Ele defende a proposta de “sustentabilidade financeira” de 2% do PIB, para que o País “venha a recuperar as suas capacidades de Defesa.”. Atualmente, o Brasil disponibiliza somente 1,1%, índice menor do que o empenhado por países como Chile, Índica e Colômbia. Clique AQUI para ler na íntegra.

E veja também: Ministério da Saúde inclui vacina contra Covid no Plano Nacional de Imunização. Clique AQUI para ver.


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Fontes: Estadão
Foto: Divulgação Marinha

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