Guido Mantega comunicou, hoje (17), sua renúncia à equipe de transição de Lula (PT). Em carta a Geraldo Alckmin (PSB), o ex-Ministro da Fazenda de Dilma Roussef culpou os adversários por “tumultuar” e “criar dificuldades para o novo governo” como uma das razões para o seu afastamento. As informações são da jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo.
Mas não foi bem assim
Como ainda sofria punição e estava impedido de exercer cargo em comissão ou função administrativa pública ainda por conta das pedaladas fiscais quando era ministro de Dilma, sua participação no chamado “governo de transição” se dava de forma “voluntária”. Entretanto, o Partido Novo anunciou que iria à Justiça contra a participação, enquanto integrantes do TCU também fizeram pressão contra a indicação.
Injusto
Na carta de renúncia enviada a Alckmin, o ex-ministro classifica a decisão do TCU que o afastou da vida pública como injusta. “Em face de um procedimento administrativo do TCU, que me responsabilizou indevidamente, enquanto ministro da Fazenda, por praticar a suposta postergação de despesas no ano de 2014, as chamadas pedaladas fiscais, aceitei trabalhar na equipe como colaborador não remunerado, sem cargo público, para não contrariar a decisão que me impedia de exercer funções públicas por oito anos”, diz ele. “Mesmo assim essa minha condição estava sendo explorada pelos adversários, interessados em tumultuar a transição e criar dificuldades para o novo governo”, segue.
Tem de esperar mais um pouco
Em 2016, diz a jornalista, Mantega perdeu o direito de assumir função pública por cinco anos e recebeu multa R$ 54.820,84. Um acórdão de 2018 ampliou a sanção para oito anos, prazo que começou a contar a partir de 25 de fevereiro de 2022, quando o processo transitou em julgado. Com isso, o ex-ministro estaria inabilitado para exercer cargo em comissão ou função de confiança na administração pública até 25 de fevereiro de 2030.
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