A Polícia Federal (PF) revelou nesta terça-feira (19) que o ex-ministro de Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Bolsonaro, general Braga Netto, teve participação ativa no planejamento de um suposto golpe que visava ‘executar’ Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes.
Segundo as investigações da PF, Braga Netto colaborou com o planejamento da ação e chegou a ceder sua residência para reuniões sobre o assunto, inclusive com a presença de outros generais e assessores próximos a Bolsonaro.
O plano, que envolvia a execução de um golpe de Estado, teria sido iniciado logo após a derrota nas eleições de 2022 e previa a criação de um “Gabinete de Crise”, com a participação de militares, entre eles os generais Augusto Heleno e Braga Netto. O Gabinete pretendia tomar o poder e instaurar uma administração militar.
A operação também identificou a participação de Mario Fernandes, ex-assessor de Bolsonaro, e Filipe G. Martins, outro então integrante do governo.
Em sua apuração, a PF apontou levantamento de informações sobre as rotinas e a segurança dos visados, incluindo os membros da proteção de Lula e Moraes.
A operação culminou na prisão de quatro militares, entre eles Mario Fernandes e Hélio Ferreira Lima, além do policial federal Wladimir Matos Soares, todos acusados de envolvimento no plano.
O sigilo da decisão que autorizou as prisões foi levantado pelo próprio ministro Alexandre de Moraes, do STF. Clique AQUI para baixar a íntegra do pedido da PF -> Oficio-no-4810932-2024.PF_.PET-13236 . Veja mais abaixo! (Foto: EBC; Fonte: UOL)