O presidente Jair Bolsonaro condenou o assassinato do guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, que fazia sua festa de aniversário com o tema do candidato petista Luís Inácio Lula da Silva. Ele morreu depois de ser atingido por tiros disparados feitos pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho. O ataque aconteceu no final da noite de sábado (9), pouco antes da meia-noite, em Foz do Iguaçu (PR).
A Polícia Civil do Paraná disse que a Delegacia de Homicídios de Foz do Iguaçu apura o caso para esclarecer a motivação do crime. Segundo a corporação, “tratou-se uma discussão em uma festa de aniversário”.
Segundo relatos de amigos de Marcelo divulgados pela imprensa, o policial penal federal teria parado com um carro por volta de 23h30 de sábado (9) em frente ao local onde era realizada a festa e gritado o nome de Bolsonaro. Após uma primeira discussão, voltou armado e cometeu o assassinato.
José também foi atingido por disparos feitos por Marcelo e, apesar da primeira informação de que havia falecido, sobreviveu e encontra-se internado.
Resposta
No fim da noite de domingo (10), o presidente Bolsonaro, após diversos ataques de jornalistas e personalidades de esquerda associando o seu discurso à causa do assassinato, condenou o crime, mas também expôs a hipocrisia de seus adversários.
“Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores”, afirmou o presidente. Entretanto, diz, “é o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade igrejas, fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento”.
Bolsonaro ainda falou das comparações sem nexo entre discurso e violência praticada: “Nem a pior, nem a mais mal utilizada força de expressão, será mais grave do que fatos concretos e recorrentes”. E encerrou pedindo apuração dos casos: “Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis”.
Confira abaixo a nota oficial do presidente na íntegra:
“- Independente das apurações, republico essa mensagem de 2018:
Dispensamos qualquer tipo de apoio de quem pratica violência contra opositores. A esse tipo de gente, peço que por coerência mude de lado e apoie a esquerda, que acumula um histórico inegável de episódios violentos.
– É o lado de lá que dá facada, que cospe, que destrói patrimônio, que solta rojão em cinegrafista, que protege terroristas internacionais, que desumaniza pessoas com rótulos e pede fogo nelas, que invade igrejas, fazendas e mata animais, que empurra um senhor num caminhão em movimento.
– Falar que não são esses e muitos outros atos violentos mas frases descontextualizadas que incentivam a violência é atentar contra a inteligência das pessoas. Nem a pior, nem a mais mal utilizada força de expressão, será mais grave do que fatos concretos e recorrentes.
– Que as autoridades apurem seriamente o ocorrido e tomem todas as providências cabíveis, assim como contra caluniadores que agem como urubus para tentar nos prejudicar 24 horas por dia.”