O relatório do Banco Central (BC) projeta que a taxa Selic fechará o ano em 10%, marcando a terceira semana consecutiva de aumento na previsão da taxa básica de juros.
A nova estimativa é 0,25 ponto percentual maior que a projeção anterior, que era de 9,75%. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão é de queda no crescimento, após um aumento na última publicação do boletim Focus. A estimativa atual é de um crescimento de 2,05% para este ano, uma redução de 0,04 ponto percentual em relação à previsão anterior de 2,09%.
No boletim Focus, especialistas consultados mantêm a expectativa de uma redução de 0,25 ponto percentual na reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom).
Atualmente, a Selic está em 10,50%, após um último corte de 0,25 ponto percentual, quando o Comitê mudou o ritmo de redução dos juros, que vinha ocorrendo em seis cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual. Para o longo prazo, os economistas mantêm a previsão da Selic em 9% para 2025 e 2026 e elevam a projeção da taxa para 2027 em 0,07 ponto percentual, ajustando a taxa básica também para 9%, ante a previsão anterior de 8,63%.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 3,8%, um aumento de 0,04 ponto percentual. Esta é a segunda semana de aumento na inflação, após uma sequência de quatro quedas.
A projeção para 2025 também subiu 0,04 ponto percentual. Para 2025 e 2026, a inflação projetada se mantém em 3,5%. O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
A estimativa de crescimento do PIB para os próximos três anos permanece em 2,00%. Em relação ao câmbio, houve uma alteração de R$ 0,04, com a paridade do dólar projetada para encerrar o ano em R$ 5,04, de acordo com o boletim do BC. Esta é a primeira alteração na taxa cambial após três semanas de estabilidade.
O boletim Focus, publicado semanalmente, é feito pelo BC, baseado em economistas ouvidos pela autarquia. Essas projeções refletem o cenário econômico atual e as expectativas do mercado financeiro, apontando para ajustes importantes nas políticas monetária e fiscal do país nos próximos meses. E mais: Lula: “Ainda bem que a Boeing teve um desastre e não quis mais a Embraer”. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)