Banco Central ignora ataques de Lula e mantém Selic em 10,50%

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O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (19) interromper o ciclo de cortes de juros, mantendo a taxa Selic em 10,50% ao ano. Desde o início do ciclo de flexibilização em agosto do ano passado, houve seis reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual e uma de 0,25 ponto. A taxa básica agora se mantém no menor nível desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,25% ao ano.

Com a pausa nos cortes de juros, o colegiado do BC ignorou as críticas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) feitas na véspera do encontro decisivo e agiu de acordo com a expectativa do mercado financeiro. Em entrevista à CBN, o petista disparou críticas a gestão de Campos Neto. Clique AQUI para ver.

A manutenção da Selic em 10,50% ao ano era a projeção quase unânime dos economistas. No entanto, os investidores estão atentos não apenas aos números, mas também ao placar de votos dos membros do Copom, que ainda não foi divulgado.

A tensão entre o governo e o BC aumentou após Lula afirmar que Campos Neto “tem lado político” e “trabalha para prejudicar o país”. Membros do governo e aliados intensificaram as críticas ao presidente do BC, defendendo uma redução maior dos juros.

Até o fim do ano, quando termina o mandato do atual chefe da autoridade monetária, o Copom tem mais quatro encontros programados: 30 e 31 de julho, 17 e 18 de setembro, 5 e 6 de novembro e 10 e 11 de dezembro.

Os principais fatores que levaram o Banco Central a manter a taxa Selic inalterada foram as incertezas da economia brasileira. O ponto foi a condução da política fiscal pela equipe econômica de Lula. Liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o time promete equilibrar as contas públicas do Brasil. O problema é que o governo só trabalhou para aumentar as receitas por meio da cobrança de impostos e pouco fez para cortar gastos.

Além disso, a inflação também voltou a ficar no radar. A alta de preços acelerou em maio, com o IPCA passando de 0,38% em abril para 0,46%. A taxa anualizada (acumulado de 12 meses) aumentou de 3,69% para 3,93%. E mais: Folha de SP diz que foi “censurada” por Alexandre de Moraes. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fontes: Folha de SP; Poder360)

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