Desde o início de agosto, mais de 10,1 milhões de pessoas no Brasil foram diretamente atingidas pelas queimadas que se espalham por diversas regiões do país. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou a estimativa com base em dados fornecidos pelas prefeituras que decretaram estado de emergência devido aos incêndios florestais durante esse período. A reportagem é da Folha de SP.
O número abrange apenas aqueles que foram diretamente afetados, sem contabilizar toda a população das cidades impactadas. Entre os prejudicados, 987 indivíduos precisaram abandonar suas casas e estão abrigados em instalações temporárias ou na casa de parentes, segundo o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.
Conforme a reportagem explica, desde o começo de agosto 531 prefeituras em várias regiões decretaram estado de emergência em virtude das queimadas. Vale destacar que cidades onde houve focos de incêndio, mas que não oficializaram o decreto, como São Paulo, não entram nessa contagem. No mesmo período de 2023, apenas 3.800 pessoas foram afetadas pelas queimadas em 23 municípios, um número significativamente menor.
Todas as regiões do Brasil têm, pelo menos, uma cidade em situação de emergência. A região Sul é a menos impactada, com apenas o município de Garuva, em Santa Catarina, nesta condição até a última terça-feira (10).
Mato Grosso, no Centro-Oeste, lidera em número de cidades afetadas, com 141 municípios em emergência até quarta-feira. Tocantins, na região Norte, vem logo em seguida, com 139 cidades, e São Paulo, no Sudeste, registra 108 municípios atingidos.
Comparando com o mesmo período do ano anterior, o crescimento no número de municípios em situação de emergência por queimadas foi de 2.200% em todo o país. Estados como Acre, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso estão com quase todo o seu território em alerta.
Os prejuízos financeiros, principalmente após o início de agosto, já somam R$ 1,1 bilhão, conforme os cálculos da CNM. E mais: STF vai decidir se imóvel de família pode ser bloqueado ou penhorado em ação de improbidade. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução; Fonte: Folha de SP)