China quer que empresas “usem” Brasil para se expandir

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Durante sua participação na cúpula dos Brics no Rio de Janeiro, nessa terça-feira (8), o primeiro-ministro da China, Li Qiang, se encontrou com representantes de grandes empresas chinesas que atuam no Brasil.

Em um cenário que classificou como “desafiador” para a economia global, o premiê reforçou o compromisso de Pequim em fortalecer a presença internacional de suas multinacionais e destacou o papel estratégico do Brasil para a expansão comercial chinesa na América Latina.

“Devemos cultivar profundamente o mercado local, oferecer aos consumidores produtos e serviços mais populares e usar o Brasil como plataforma para expandir o mercado latino-americano em geral, buscando um maior desenvolvimento”, afirmou Qiang.

Segundo ele, o cenário econômico internacional tem se tornado mais instável devido ao avanço do protecionismo em várias partes do mundo — uma crítica velada à política de barreiras comerciais adotada principalmente pelos Estados Unidos.

O premiê também mencionou a recente disputa comercial entre China e União Europeia no setor de saúde. Após a UE restringir a participação de empresas chinesas em licitações públicas acima de 5 milhões de euros, o governo chinês respondeu com medidas equivalentes, impedindo companhias europeias de acessar seu mercado público.

Apesar das tensões, Qiang ressaltou que a economia chinesa tem mostrado resiliência, apontando para o crescimento registrado no primeiro semestre de 2025 como evidência de que o país consegue suportar pressões externas.

Estiveram presentes na reunião executivos de grandes empresas chinesas que operam em segmentos diversos, como energia, tecnologia, finanças e alimentação. A lista incluiu:

State Grid (energia)
Banco da China (finanças)
GWM (setor automotivo)
Goldwind (energia)
Dahua Technology (segurança e tecnologia)
Cofco (alimentos)
Gree Electric (eletrodomésticos)
Zhongtian Technology (cabos e soluções tecnológicas)

A presença de Qiang reforça o esforço diplomático e econômico da China em estreitar relações com o Brasil e usar o país como ponte para ampliar sua influência econômica e comercial em toda a região latino-americana. (Foto: PixaBay; Fonte: Poder360)

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