Eleitores de Bolsonaro lideram preferência por trabalho autônomo

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A pesquisa Datafolha mais recente revelou que a preferência por trabalhar de forma autônoma é significativamente maior entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do que entre os simpatizantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Segundo os dados, 66% dos entrevistados que se identificam com o PL disseram preferir trabalhar por conta própria, contra 33% que optam por ter um emprego com carteira assinada. Já entre os que se declaram próximos ao PT, 55% preferem o trabalho autônomo, enquanto 43% optam pelo vínculo formal.

O levantamento foi realizado presencialmente entre os dias 10 e 11 de junho, ouvindo 2.004 pessoas em 136 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

De forma geral, 59% dos brasileiros entrevistados afirmaram que preferem ser autônomos, enquanto 39% disseram se sentir mais confortáveis em empregos com vínculo empregatício.

A pesquisa também detectou um crescimento na parcela da população que valoriza o rendimento financeiro acima do contrato formal. Em 2022, 21% dos entrevistados disseram que ganhar mais era mais importante do que ser registrado; em 2024, esse número saltou para 31%. No mesmo período, caiu de 77% para 67% o percentual dos que preferem ser contratados mesmo com salário menor.

A preferência pelo trabalho informal aparece em todas as faixas etárias, mas é mais intensa entre os mais jovens: 68% dos que têm entre 16 e 24 anos querem trabalhar por conta própria, contra 29% que preferem vínculo com empresa. Entre os maiores de 60 anos, a divisão é mais equilibrada: 50% a favor do trabalho autônomo, 45% a favor da CLT.

Já entre os que rejeitam a carteira assinada caso a remuneração autônoma seja maior, 85% optam pela independência financeira, enquanto apenas 13% ainda consideram o contrato mais importante.

A valorização da carteira de trabalho ainda é maior entre as mulheres (71% contra 62% dos homens), idosos (com destaque para 79% dos que têm mais de 60 anos), pessoas com menor escolaridade e renda — 75% dos que têm ensino fundamental e 72% dos que ganham até dois salários mínimos priorizam o vínculo formal.

A diferença de percepção sobre o trabalho formal também aparece na avaliação política. Entre os que consideram o governo Lula ótimo ou bom, 76% valorizam mais o emprego com carteira assinada, índice que cai para 57% entre os que classificam a gestão como ruim ou péssima.

Regionalmente, a preferência pelo trabalho formal é mais alta no Nordeste (69%), seguido por Sudeste (67%) e Sul (66%). Centro-Oeste e Norte registraram os menores índices: 62% em ambas as regiões. (Foto: PixaBay; Fonte: Folha de SP)

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