A Venezuela está em tratativas com a Rússia para reerguer sua combalida indústria automobilística. A proposta prevê a instalação de fábricas russas em território venezuelano, com a intenção de atender à demanda interna e também abastecer mercados da América Latina e do Caribe.
A iniciativa foi anunciada por Ivan Gil Pinto, ministro das Relações Exteriores venezuelano, durante entrevista a veículos de comunicação russos, conforme reportagem do Jornal do Carro, do Estadão.
A proposta envolve não apenas o setor automotivo, mas também outras áreas estratégicas como a indústria farmacêutica. “Temos capacidade técnica para a produção e ela está em constante crescimento”, afirmou o chanceler, ao destacar o plano do governo de reindustrializar o país e reativar seu papel como polo produtivo regional.
O projeto prevê a montagem de veículos de marcas russas como Lada e Moskvich. Esta última foi recentemente relançada com o suporte tecnológico da chinesa JAC Motors, após o êxodo de montadoras ocidentais da Rússia.
A aproximação entre Caracas e Moscou marca um novo capítulo na história da indústria automotiva venezuelana, que já abrigou fábricas de gigantes como Ford, General Motors e Toyota nas décadas de 1990 e 2000.
O agravamento da crise econômica do governo Maduro e o cerco de sanções internacionais, no entanto, levaram à desativação dessas operações, deixando o país sem produção relevante nos últimos anos.
Hoje, além da baixa oferta, o mercado enfrenta um dos maiores preços de veículos do mundo, consequência direta da escassez e da dependência das importações.
O acordo com a Rússia pode representar uma saída para esse cenário. Para o Kremlin, a cooperação também tem valor estratégico: cercado por sanções e isolado em parte do cenário internacional, o governo de Vladimir Putin tem reforçado laços com países aliados, como a Venezuela, como forma de ampliar sua presença econômica e industrial no exterior. E mais: PT distribuiu cartilha ‘anti-Nikolas’ para conter impacto do vídeo do deputado. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução site oficial; Fonte: Estadão)